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Enquanto o amor perdura

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Da última vez que me soube, sentia a tua falta. É um vazio inócuo. Sujo, frio e desprovido de sentimento. Preenche todo o espaço do meu coração, negando-me uma réstia de quem costumava ser. Quem diz que a saudade não mata, não sabe merda nenhuma acerca da vida. Foste um percalço. Abraçaste-me quando a história era negra, e desapareceste no primeiro raio de saio, como quem não aguenta um rasgo de felicidade. Atreveste-te a escrever-te na minha pessoa, deixando por mim marcas que nunca considerei ou mesmo poderei apagar. Fiquei de mãos a abanar. Perdida nas memórias que um dia chegámos a ter, entrelaçados no que fomos. Sabes o que dói mais? A facilidade com que te foste embora. Como se no teu coração eu nunca houvesse entrado, a tua alma não se tivesse moldado apenas um pouco pela minha pessoa. Que talvez tenha sido somente uma boneca nas tuas mãos. E o pior de tudo, é que só agora me apercebo disso. Vejo-te frequentemente, por minha inconstância de espírito ou magnetismo maldi

O Adeus ainda não chegou

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Não quero dizer que o Adeus é instântaneo pois a saudade permanece. Envolve a minha alma, reclamando a sua posse num inrreclamado escúrtinio popular. Permaneci agarrada ao teu ser, quando me deixaste. Permaneceu o rasto de destruição no caminho que tomaste, espelho da turbulência da tua pessoa. Deixaste cicatrizes. Cicatrizes irremediáveis. Umas boas e outras más, fruto de todos os instantes em que as discussões se infiltravam nas nossas palavras ou quando somente tinhamos o propósito de nos perder um no outro. Olho para as palmas das mãos, naquela que chegou a ser a nossa cama. Parecem demasiado geladas, incapazes de se moverem com o resto do meu corpo. Lembro-me de uma altura que estas mãos seguravam facilmente as tuas, perto de mim, na intensidade do que fomos e ainda poderiamos ser. Realmente. Olho na direção da porta do quarto. Deixas-te as tuas botas, presença ausente do teu corpo. Estavas a usá-las na primeira vez que nos vimos, a tua imagem de marca indiscútivel na tua p

Resplandecemos numa noite estrelada

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Encontrei o meu lugar. Na imensidão de uma realidade estranha, apesar de repleta de luz, aprendi que deveria estar nos braços do amor que me dá um pouco mais de magia. Quem diz que um sorriso cabe somente numa lágrima solitária que corre pelo rosto? Já chorei mares por tua causa, e nestes cabiam todos os sorrisos de uma vida inteira. Não és perfeito. Deus sabe a luta de gigantes da imensidão dos teus olhos. A covinha do teu sorriso na doçura de quem espera por um beijo meu. Não, não tenhas ideias. Serei enquanto puder o porto de abrigo para os teus devaneios. Até suportarei quando puseres os teus pés gelados nas minhas pernas quentes. Os teus beijos contam histórias deliciosas, de ternura e sedução irremediavelmente magnetizantes. Não desculpo quando és matreiro comigo, mas o teu toque descobre segredos que o meu coração não sabia ter, na luz que um passo de dança trouxe aos nossos braços. Sou uma piegas. Mas não faço a coisa por menos. Se soube que serias especial para mim n

Adeus ao amor

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Irei tentar... Num jardim de rosas povoado com as nossas memórias. De braços bem abertos, de coração aberto a uma liberdade de apenas mais uma noite. Dá-me a mão. Apaga a saudade que resplandece pelo meu corpo. Tenho a nossa história impressa na minha pele, o peso dos teus braços em meu redor que me diz que um dia irás desaparecer. Respiro fundo. os teus lábios moldam-se com os meus, numa dança real e imaginária, num vaivém de esperança e sedução. Não me voltes as costas. Fica. Nem que seja por mais uma noite. Juro que irei tentar... Numa rua pelo meio de um luar que dá lugar às trevas. Em que as nossas gargalhadas expulsam a solidão das nossas almas. Roubámos tempo quando não tínhamos tal direito, até que todos os momentos de eternidade foram esgotados. Só mais uma noite. Deita-te aqui comigo. Tenho medo de perder um amor que pode nem sequer ter sido meu em primeiro lugar, num redemoinho de lençóis que pelo momento abriga os nossos corpos. Fica enquanto não quiseres escapar. A

Se um dia te voltarei a ver?

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Sorrio ao pensar em ti. Em cadências suaves e ligeiras, do que antes foi animalesco e intenso. Sorrio, de lágrimas nos olhos e com um coração cheio de saudade. Em quem um dia todas as nossas memórias não foram mais do que passos levados pela maré, em que o vento tocou apenas ligeiramente. Foste luz de uma estrela cadente. Tão quente. Tão incansável. Passaste por mim neste Mundo, apenas tempo suficiente para queimar tudo na tua passagem. Deixaste um rasto de destruição pelo meu corpo, a tua imagem gravada na minha alma, e o teu nome na beira dos meus lábios, os únicos vestígios do teu poder destrutivo. Nunca me considerei de porcelana. Mas nas tuas mãos, a primeira falha na minha superfície iniciou o seu caminho traiçoeiro, colocando em risco tudo aquilo que os meus sentimentos lutaram contra a minha mente. Foste o meu momento irracional. O futuro que nunca previ na minha vida de desafios pouco extenuantes. Amo-te em pequenos pedaços ainda. Sei que se te amasse em grandes pedaços

Sonha comigo

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Nasci com coração para te amar. Através de dias e de noites, em que a minha pele se arrepia com o teu toque e a minha alma se impregna com o teu perfume. Nasci com um coração sonhador. Na tempestade que sempre assolou a minha mente e na vivacidade de raios e coriscos. Contigo deixei de ter pesadelos que me deixavam de pernas a tremer e aprendi a correr mais rápido do que o vento. Aprendi a aceitar o calor dos teus braços na instância em que o frio ameaça colar-se aos meus ossos. Foste o meu fogo-de-artificio. O meu instante de luz, quando a vida parecia sem momentos de cor. Aquele que sobreviveu mundos e fundos apenas para me cantar uma canção de amor. Em sucessivos segundos, trouxeste algo maior que a própria vida para o meu Mundo. Aprendi que o som do teu nome se colava aos meus ouvidos. Como aquelas frases de músicas que se repetem na nossa mente, uma e outra vez. Nasci para saber de cor o teu rosto. O ouro dos teus olhos que de alguma forma derrete o meu coração. Um dia

Disseste

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Disseste que me amavas. Na doce cadência das tuas palavras, os dias nunca se tornariam noites e o fôlego dos nossos beijos seria para sempre desperdiçado na intensidade da nossa paixão. Disseste que nunca me abandonarias. Que eu tinha sido aquela que havia mudado o teu coração, que fazia com que a tua respiração se prendesse na garganta e que te virava a vida de pernas para o ar. Disseste que era a tua luz. Bem sei que eras a minha. Disseste que nunca te irias embora. Que os teus braços estariam sempre aqui para segurar as minhas lágrimas, que os teus beijos iriam acalmar a tempestade que rasgava a minha alma, que levarias o meu coração numa viagem pela vida e desenharias comigo o caminho que faríamos juntos. Afinal, desfizeste o meu coração em pedacinhos de papel. E puseste a minha alma num barco à vela, que partiu pelos altos mares, apenas para nunca mais a ver. Pensei que fossemos amor... Mas fomos apenas paixão. E paixão durante somente o instante em que o vento volta a

Perdi-me

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Perdi-me em segundos de saudade e lágrimas de emoção. Raios de sol que iluminavam ternamente o caminho que estas tomavam pelo meu rosto poderiam testemunhar que o meu coração se perdera. A minha alma, estava somente à espera de ser transformada em papel. Percorri o precipício que nos separava da eternidade, desejando sem limites que os teus braços fossem suficientes para me segurar, de me separar do ponto em que me estava prestes a desfazer. Que os teus beijos fossem o bálsamo que as minhas feridas gritavam. Mas desapareceste em busca de algo menor. Em cantos que desaparecem nas sombras, estilhaços enterraram-se ainda profundamente no meu corpo. Respirar tornou-se mais dificil. Como se um elefante tivesse escolhido aquele preciso momento para se sentar em cima do meu peito. Continuei a amar-te com a mesma intensidade. Perdi-me em abraços que ficaram por dar e beijos que ficaram por amar. Chorei quando te foste embora, como se a própria luz estivesse a ir embora contigo. Per

Dançámos

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Descrevo-te lentamente. Com palavras incontáveis, impensáveis ao ser humano que corre o dia para não pensar. Com movimentos translúcidos, de quem ama por mais do que amar, e não teme amar com todo o seu coração e alma. Amar lentamente não deixa espaço a porquês. E eu amo-te, sem que os pontos estejam nos is e sem que o relógio tenha soado as doze badaladas. Afinal, o nosso conto de fadas nem começou. Adormeces tranquilo ao meu lado, sem reservas de quem carrega a dúvida na alma. As tuas longas pestanas projectam sombras no teu rosto, cada linha representando um ponto de viragem na tua história. Até os meus braços terem sido feitos para te abraçarem. Os teus sonhos, elementos figurativos, incontroláveis projecções de uma alma indomável, levam a que o teu rosto suavize. Consigo ver o coração de ouro que costumavas ser e aquilo que ainda temos para chegar. Num instante, o Futuro está aqui. Os teus dedos escorregam um pouco mais dos meus, numa dança vagarosa e sensual. O meu corp

Devaneios

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Esperei um segundo. E por ti, uns instantes mais. Numa imagem, que se multiplica em tantas outras, momentos sagrados em que uma vida, que custa a crer ser realmente a nossa se desenrola diante de nós a olhos vistos. São esperanças infinitas. E amores recuperados. É saudade que nunca nasceu e triste melodia que nunca foi ouvida. É o sorriso que me desenhaste e o ardor que te fiz sentir. Esperei por ti instantes mais, enquanto me dizes que esperaste por mim toda a tua vida. Achas bonito tentar ganhar-me neste jogo de tolos? Só nós nos atrevemos a apaixonar. Numa Galáxia em que os mais comuns oferecem o tempo de uma vida inteira, eu grito-te que te quero até ao fim e o inicio de uma outra alma. Arriscado é o compromisso que nossas mãos uniram, meu rapazinho de rua. Teus beijos tiram-me do sério mas alimentam-me o espírito, até que o dia se torne finito e a noite traz a sua ameaça. Que teria sido de mim se não te tivesse colocado a vista em cima? Que seria de mim, se todo est

Duas da manhã

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São duas da manhã. Os nossos dedos tocam-se no remoinho dos lençóis, na preguiça amorosa de quem adormece nos braços do seu refúgio. O meu coração bate fora de compasso. Sempre tiveste um efeito irritante em mim, o meu veneno ainda antes do meu antídoto. Opostos que se atraem numa pessoa apenas. Remexo-me. As nossas mãos largam-se, as pernas entrelaçam-se. Movemos-nos em relação um ao outro, gravidade, força estática que nos atrai um para o outro a cada momento sucessivo, a cada novo segundo que o relógio conta. Abro os olhos- Duas miseras frestas num Mundo onde os Gigantes governam. Volto o meu rosto na tua direcção. Bolas! Esqueceste-te de puxar as cortinas de novo. O luar intromete-se no nosso quarto, qual terceiro espectador inusitado de todo um amor que é só nosso e que escritores mais competentes do que eu um dia irão rescrever. Solto uma ligeira gargalhada, abafada pela minha lentidão ensonada. Estás tão tranquilo. Ergo uma mão cautelosa, por vezes inimiga da perfeição. Te

De qualquer das maneiras...

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Sinto falta do toque dos teus lábios. O som doce do beijo que me acorda pela manhã. O nariz enrugado quando ponho as mãos frias no teu pescoço. Da tua língua afiada e cusca, que pragueja a qualquer obstáculo e sofre pela mais recente novidade. Lembro-me daquelas tardes preguiçosas de Sábado. Das minhas pernas estendidas sobre o teu colo e o teu coração nas minhas mãos. Os teus dedos longos que dedilhavam as cordas da guitarra. A luz do Sol que beijava as costas das tuas mãos, tocava as pontas dos teus cabelos, em tons de amarelos dourados ou laranjas ferrugentos. A minha alma alegrava-se a cada palavra que pronunciavas. A forma como os teus lábios se retorciam nos cantos, num sorriso palavreado. Como o teu cabelo caia para os teus olhos, as tuas covinhas se acentuavam de cada vez que olhavas para mim, e os nossos momentos juntos se tornavam maiores do que a eternidade. Foste o meu príncipe. Que me carregava às cavalitas de cada vez que eu pedia . E que me puxava para dançar pelo me

Sou ruínas

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Sou ruínas. Folha de papel em branco queimada. Palavras que ficaram por escrever retorcem-se perante os meus olhos, o sabor a cinza repousa na minha boca. Sabor intenso, comparável à saudade que transborda do meu coração. Tivemos somente direito a uma noite. Que durará a eternidade da minha memória. Amei-te numa noite de luar. Em instantes que se fundiam lentamente, como que saídos de um sono do qual eu não queria acordar. As nossas gargalhadas embevecidas nos braços um do outro, eram sons distantes, levados com o vento, testemunhados por passageiros alheios  a uma ilusão. Fomos uma luz no inicio de um túnel. Mesmo antes da tempestade se ter formado no Horizonte, e o Adeus se ter formado nos meus lábios. E nos teus. Foste mágico e o maior amor que tive nesta vida. Ainda tenho o som da tua voz gravado na minha mente. Um som que uma vez fora maravilhoso hoje é doloroso. Desejo de um céu nocturno e a luz da lua a entrar pela nossa janela. Queria voltar aquela noite, sentir os

Desejos e manias

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Entrei numa página em branco, desprovida de desejos, inútil de sentimentos e saudade de quem um dia fomos. No nevoeiro de uma vida, uma volta na roda gigante, que não passa duas vezes pelo mesmo sitio. Imaginei que o meu livro estaria escrito por esta altura. Com palavras bonitas, cheias de significado e pouco floreadas. Palavras de uma vida cheia de risos, choros e uma dança aqui e ali. Que teria um final digno de contos de fadas, e não dos meus mais tenebrosos pesadelos. Um beijo no rosto e um poema de saudade. Foi tudo aquilo que me deixaste naquela abandonada madrugada. Porventura, o meu coração de vidro estilhaçou, até pertencer à areia da praia. Ainda tenho o teu blusão de cabedal. Cheira a menta, a suor e a ti, o meu aroma favorito e único, cheia de todas as memórias de uma vida que deixei escapar por entre os meus dedos, produto da imaginação de alguém que costumava sonhar acordada. Ainda me lembro de agarra o seu tecido, como se a minha vida dependesse e não dependesse

Amanhecer tresloucado.

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Acreditei na serenidade das tuas palavras, que voaram leves, como um pequeno vento que teimava em não acreditar em contos de fadas. Revi-me num espelho que apenas me entregava mentiras de volta. E quando me deste a mão, e me disseste que me amavas, naquela última vez, ingénua santa, quis acreditar com todas as minhas forças. No inicio fomos somente ilusão. Lembro-me de te tentar evitar com todas as minhas forças. Coração somente quer aquilo que consegue ver, e por mal das minhas aventuras, julguei que o meu coração fosse demasiado fraco para aguentar o desgosto amoroso que adivinhavas ser. Loucura minha querer evitar o inevitável. Fomos dois miúdos que se apaixonaram na confusão de um amanhecer tresloucado. Um rumo sem tino, um sonho impossível que a realidade forçou e não ajudou. O perfume de uma memória a dois. Um beijo trocado no escuro do cinema, para sempre gravado em papel químico, fácil de perder, dificil de manter colado no quentinho de uma alma que costumava estar inte

Mas ainda gosto de ti

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Encontrei o teu perfume perdido entre as minhas memórias. Trouxe-me um sorriso e uma lágrima, um instante de saudade que ficará sempre comigo, mas que daria de bom agrado ao mais precoce transeunte. Foste a banda sonora do meu passado, um momento no tempo que não mais se repetirá, em que nunca mais serei tão feliz quanto outrora fui. Deste-me o Para sempre, que tudo significou para mim, mas que para ti ficou em branco. Fomos uma película a cores, que nada perdeu a intensidade em comparação com outras. Mas o teu amor voou nas asas de uma outra vida, uma outra vida e um outro lugar. Deste-me a mão em outra hora, e ainda hoje sei de cor os teus dedos por entre os meus. Nada volta atrás, mas queria regressar ao instante em que deixaste de me amar. Foste de carro até ao por-de-sol de braço dado com o teu novo amor. E permaneço no desconhecido, sem saber que a paixão que sentia noutros tempos, algum dia fará o meu coração bater com a mesma intensidade. Mas ainda gosto de ti. E perd

És a minha saudade

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Passaram dois anos desde o momento em que partiste dos meus braços. E nunca mais consegui respirara como deve ser. Ainda existe um pedacinho de mim...Que ás vezes está fechado dentro de um cofre pequenino, que dói a cada menção do teu nome. Como uma ferida aberta, que teima em não sarar e que me lembra a cada dia da pessoa que tive comigo. Foste o meu bem mais precioso. E sei que continuarás estar gravado na minha memória, na minha pele mesmo até ao fim da minha vida. Por ti ia ao fim do Mundo. Mas não me deste essa oportunidade. As saudades apertam. Tal como os abraços que costumavas dar. E que me enchiam do teu cheiro. A tabaco e a mentol. Tenho muitas saudades tuas. Daquelas que doem e apertam. Que ficam gravadas na memória e no corpo, quer tenha sido pelo quanto te amei, quer seja pelo quanto não deixei de te amar. O Mundo perdeu dois sorrisos quando te foste embora. As gargalhadas ficaram difíceis, se não mesmo impossíveis. As tuas roupas ainda ocupam metade do armário.

Sinto falta

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Sinto falta de te ter nos meus braços. De passar as noites a sonhar acordada, com o sorriso mais estúpido que poderias imaginar, nas aventuras que ainda estavam para vir. Sinto falta de percorrer o teu rosto, completamente à vontade, com o meu olhar. Gastar os meros segundos de vida a contar cada sarda que existe no teu rosto, numa espécie de jogo, para ver de que vez conseguia contar mais. Sinto falta, da maneira como me olhavas, de cada vez que punha o meu pequeno vestido vermelho. Era como se fosse a única mulher que existia à face da Terra, como se fosses o homem mais sortudo, e eu no fundo, era também uma sortuda. Eras o meu Destino com asas. Sinto falta da maneira como te aproximavas de mim, quando me arranjava no espelho da casa de banho. Como um felino, primeiro muito devagar, e depois o mais depressa possível. Como colocavas os braços em redor da minha cintura, beijavas ternamente o meu pescoço, e eu quase que sentia o bater do teu coração na minha pele. Como me sussurrav

Hoje e depois

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Puxei-te para os meus braços e disse-te que ia ficar tudo bem. Beijei-te, até que o teu segredo se tornou meu e o quis manter fechado a sete chaves. És o amor que sempre me fez falta, mesmo antes de te ter conhecido. A estrela que faz o meu coração suspirar e o meu sorriso alargar-se. Quero descobrir o infinito da vida ao teu lado. Sem querer, tomaste conta de cada um dos meus gestos, como se os anotasses num longo registo daquilo que fazia de mim quem sou. Tomaste-os como teus e tornaste-me um produto além da imaginação de um apaixonado. Mas tu é que és o sonho da minha vida. Quero deitar-me ao teu lado na relva. Deixar que as pontas dos meus dedos toquem nas tuas, contar cada um daqueles pontos que preenchem o céu estrelado, até que comecem a desaparecer, um por um, e a noite chegue a dia. Vamos voltar a página? Escrever, de pé e deitado, cada um dos detalhes dos segundos que foram e são nossos, para que todos os que vierem depois de nós amem sem quereres nem porquês. Quero

Dá-me uma dança e dou-te o meu coração.

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Queria perde-me em ti. Beijar as tuas tristezas até que estas se transformem em sorrisos, e que o teu sorriso seja  a minha imagem favorita no Mundo inteiro. Quero tocar nas pontas dos teus dedos e voltar ao momento em que te vi pela primeira vez do outro lado da sala. Queria voltar a sorrir-te pela primeira vez, dar-te a mão pela primeira vez... Beijar-te pela primeira vez. Quero perder os meus pesadelos nos teus braços. Sentir a minha vida a bater na palma das tuas mãos, e a chuva das estrelas no teu olhar quando me olhas, e me beijas. És o meu domador de leões, o meu anjo da guarda, o meu galã de cinema a preto e branco. Queria dançar contigo no meio da chuva. Sentir as gotas de água a caírem pelos nossos rostos, saborear-lhes a doçura, e sentir os nossos rostos encostados um ao outro. Sentir a electricidade que nos envolve e nos consome. És o meu amor de mil e uma cores, de mil e uma noites. E do resto da minha vida ao teu lado. Quero acordar contigo do meu ado todas as

Era suposto

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Eu fui o amor da tua vida, mesmo ainda antes de estar escrito nas estrelas. Aquela que te iria trazer as velhas borboletas de volta ao estômago. Que riria das tuas piadas, mesmo quando a sua graça não era assim tanta. Eu sou aquela que te estava destinada. Que te faria rir com uma simples gargalhada. Que beijaria todos os centímetros da tua pele até que os pesadelos se fossem embora e a noite se tornasse dia. Não tinha medo de caminhar ao teu lado... Quer atravessássemos o mais belo dia de Primavera ou o mais gelado dos Invernos. Sou alguém que nunca quis acreditar em almas gémeas, mas tornaste-te na minha desde o primeiro momento em que tropeçaste e quase caíste nos meus braços. A tua barba fazia-me cócegas na pele de cada momento em que me preenchias o rosto de beijos. E os meus lábios eram a tua parte favorita. Detestavas que cantasse quando íamos a ouvir música no rádio do carro porque toda a gente ficava a olhar para nós. Mas sei que lá no fundo adoravas. E eu adorava se

Foram sortudos sem o saberem

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Conheceram-se no meio de nenhures. Com hipóteses de um num milhão de serem o amor da vida um do outro, ainda sem que quaisquer palavras tivessem sido proferidas. Foram sortudos sem o saberem. A felicidade está nas mãos daqueles que a sabem aproveitar. Olharam-se. Viram a calma de um futuro inteiro diante deles. Os seus corações bateram mais depressa e com uma intensidade incalculável, um ritmo próprio nunca antes inventado. Sorrisos surgiram. Hesitantes com o nervosismo que lhes alastrava pelos corpos. O que se faz quando se tem uma oportunidade de se ser feliz para todo o sempre?  O que se faz quando se tem medo do que vem depois do amor? São perfeitos um para o outro. Mas ainda não o sabem. Ela gosta de cantar em voz alta com o rádio. É barulhenta, expressiva. Simples nas gargalhadas e intensa com as suas palavras. Gosta de sol. De praia. De ficar em casa quando chove e de dormir até tarde. Gosta de alguém que a ame um bocadinho mais do que ela ama. Ele é um ratinho de bib

Contigo, aprendi a sonhar acordada e a dormir bem juntinho.

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Contigo, aprendi a sonhar acordada e a dormir bem juntinho. A sensibilidade de um Amo-te em nada se compra com a intensidade  das estrelas que brilham lá bem no alto. Quero perder-me contigo e nunca mais voltar a um Presente onde não me possas dar a mão. És um pequerrucho. E o meu gigante. Quero encontrar-me nos teus braços e gargalhar com as nossas sombras num rasgo da nossa luz. Tenho sonhos mais felizes desde que és o meu par. Deste-me a coragem de sorrir e a oportunidade de ficar para sempre. Tenho saudades tuas por todos os segundos. E isso é apenas uma fração do nosso tempo. Sabes qual é a minha coisa preferida? Tu. Acordar pela manhã com os teus pés frios nas minhas pernas. Ficar no para sempre quando só temos o agora. A memória de uma tarde nos teus braços em película a preto e branco. És uma melodia calma quando eu sou Rock da pesada. E no meu sorriso rasgado não peço mais do que uma dança nos teus braços. O calor do teu toque enche-me de arrepios na esperança

Falta de oportunidade

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Nunca tive a oportunidade de te dizer adeus. De ver pela última vez o teu sorriso. As covinhas do teu rosto que conhecia tão bem. Não tive a oportunidade de contar os sinais das tuas costas que te deixavam todo arrepiado. De sentir os teus braços em redor do meu corpo uma última vez, cheirar um aroma de um regresso a casa, e sentir, nem que fosse com um último suspiro que tudo iria ficar bem. Não tive uma última chance de ouvir a tua voz. De lhe decorar todos os detalhes, gravá-la na minha alma e no meu coração como a melodia inesquecível de toda a minha vida. Queria secar-te as lágrimas num último instante. Proteger-te de um Mundo que tanto pode ter belo como de cruel, mas que ficava tão mais colorido contigo ao meu lado. O meu coração bate num compasso invisível, num abafo pelo barulho de luzes que perdeu o tino, o rumo e o sentido. Quero barafustar. Mas acho que estou sobretudo assustada. Com medo que as memórias se comecem a perder uma por uma, no frio de um Inverno que ch

Estás feliz com ela?

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Continuaria a ir à Lua por ti. Mas o teu toque quebra-me. O poder das recordações é forte e ao mesmo tempo desolador. Sinto umas saudades loucas de ti. Queria beijar-te uma última vez. Mas nem nos meus sonhos mais loucos alguma vez to pediria. Quem diz que o orgulho se engole, engana-se mas o meu amor por ti ainda não perdeu a sua intensidade. E à noite, por entre pesadelos mais negros do que outros, tenho sério receio que nunca perca. Dizes-lhes o que me costumavas dizer? Enche-la de beijos antes de saíres de casa como se fosse a última vez que a fosses ver? Sinto-me numa corrida contra o tempo, num Mundo invisível e fora do meu alcance. Na tentativa de evitar um final que não me estava destinado em primeiro lugar. Choro em silêncio pelos teus braços em redor do meu corpo, mas este mantém-se apático e sem paixão. A chuva cai pelo meu rosto, e as gotas escorrem-me pelos lábios. Tremo, e é o máximo que o meu corpo sentiu em semanas. Estás feliz com ela? Sinto-me espectado

Cabeça no ar

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Amor, por nenhum outro nome poderia ser conhecido, com tantas curvas e contracurvas que lhe sucedem e antecedem, e nenhuma outra romântica entidade pediu igual amostra de sorrisos e de choros. Eu apaixonei-me por ti à primeira vista, no vicio de alguém que é cabeça no ar, e tem o corpo assente na Terra. Por momentos arrependi-me. Mas o teu sorriso é tão brilhante quanto o teu olhar, e o ar ficou-me preso no peito, com o Mundo inteiro a fugir-me das pontas dos dedos. Deixaste-me apaixonada e confusa, e sei que nenhuma outra rapariga enveredou por uma viagem desta envergadura, a caminho dos teus braços. Sei que digo parvoíces. Mas a vida é feita de sorrisos e de lágrimas, às vezes de igual proporção... Então, que mal tem dizer-mos algumas coisas sérias e sem sentido? Tenho saudades de passar os meus dedos pelo teu cabelo loiro, e de te dar os bons dias pelas manhãs. Como franzias o teu nariz, com o ar do café acabado de fazer, e ainda de olhos fechados te sentavas na cama. O meu

E o tempo não voltará atrás

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Quero a nossa última dança. Sentir os teus braços em redor do meu corpo, na segurança que no final apenas restaremos nós os dois. Sentir o teu toque. Que os teus dedos percorram os meus. Fechar os meus olhos na sensação arrepiante e inebriante que de apodera do meu corpo e do meu amor. Queria encostar os meus lábios na tua testa. Impedir-me de chorar as lágrimas que chorei por nós. Quero retrair-me daquilo que disse e não disse. Que o tempo volte atrás e a vida seja uma festa. Que o vento passe por nós e leve os erros, as confusões e os mal-entendidos. Que um sorriso teu seja o meu bem mais precioso. Podemos esquecer-nos do que aconteceu? Podemos voltar atrás? Antes do fim de algo tão belo e apaixonante? A vida não são dois dias. É somente um, e a ginástica que fazemos para não nos amarmos é dificil e esgotante. Tenho saudades tuas. De me perder em ti. Quero a nossa última manhã de preguiça. Quando dormíamos aconchegados, ou sussurrávamos segredos que queríamos esconder do

O que foi

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A saudade passa rapidamente. O que fica é a memória de um tempo que passou e ao qual não podemos voltar. Permanece aquela altura em que sorrimos mais, fomos mais felizes, e mais audazes. A memória de um tempo em que amámos sem reticências nem pontos de interrogação. O rumo é uma via sem remos. Ando perdida num caminho sem bússola, sem estrelas que me salvem. Perdi o meu caminho para os teus braços. O meu coração gelou entretanto. E o teu toque era o meu salva-vidas genuíno. És o meu instante no tempo. Aquele que conheci e nunca mais queria largar. A minha chave para a felicidade. E a tristeza é mais fácil de abraçar quando nos sentimos sozinhos na noite. A caixa de música que me deste permanece em cima do tocador. Nunca mais a abri, mas suponho que a sua música permaneça resplandecente, tal como ambos já fomos. Um dia fomos tudo. Hoje pouco somos. A tempestade cerca aqueles que um dia sorriram demasiado. A chuva gelada relembra-me as nossas corridas pelas ruas frias, quen

Contigo

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O tempo, é um instante merdoso sem te ter ao meu lado. Os segundos demoram horas a passar, e os minutos transformam-se em dias, ou anos. É um suplicio não te abraçar. Tenho falta de sentir a tua pele a arrepiar-se ao meu toque. Nunca me imaginei mágica, mas sou a encantadora da tua mente e do teu coração. És o meu pequeno gigante, o salvador da minha alma, e o meu sorriso predilecto. A minha canção de amor preferida não se compara aquilo que eu sinto quando vejo o teu sorriso pelas manhãs. És o meu brilho. O meu amor predilecto. O protagonista dos meus sonhos e das minhas horas vagas. Que me faz rir quando estou sem vontade alguma, e que me deixa chorar nos seus braços. O meu encantador. O que me arrelia até dizer chega. Que me enlaça nos seus braços, mesmo quando te empurro com todas as minhas forças. Às vezes tenho pesadelos. Farrapos de instantes de uma vida que cheguei a conhecer, mas que sinceramente já não identifico como sendo minha. E tu ali estás, pronto para be

Na tua ausência

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Vi o amanhecer da saudade no teu olhar. E a tristeza de um "Até já" no teu sorriso. Lembro-me de dançar contigo no meio da sala, no lusco fusco das luzes. Os teus olhos brilhavam quando sabiam de cor o meu rosto, e a tristeza evaporava-se de entre nós os dois. O amanhecer nunca mais foi o mesmo, desde que a escuridão da tua ausência se instalou na minha vida. Eras o meu amuleto. O meu fado. E a saudade é uma amiga traiçoeira, daqueles que nunca a quiseram sentir realmente. Quis pedir-te que ficasses. Que me tomasses nos teus braços e cobrisses o meu rosto e os meus lábios de beijos, uma última vez. Apenas uma última vez. Mas agora, o vento eleva os meus cabelos, e as minhas lágrimas voam nas suas mãos. Sei que agora a música é outra. E tento acompanhar o seu ritmo o melhor que consigo. Sei que não me amas da maneira que eu ainda de te amo. E por momentos, achei que o meu amor fosse o suficiente por nós os dois. Mas sei que me iludi, e esgotei as minhas desculpas p

Tu

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Era uma vez uma história de amor que ainda está por escrever... Era uma vez um rapaz que me fazia sorrir, e punha o meu Mundo de pernas para o ar. Que me abraçava bem apertadinho e que dizia nas palavras mais doces alguma vez pronunciadas por um ser humano que nunca me deixaria ir. O rapaz do sorriso que brilhava que nem uma estrela do céu. Que me dizia que era linda, mesmo quando estava desleixada e tinha acabado de acordar. Era uma vez o rapaz que eu amo do fundo do meu coração. Com quem eu tenho sonhos, e escrevo os meus sonhos acordados.  Que me escreve versos sem tino, e que me deixam cada vez mais apaixonada. Que me acorda com o seu cantar desafinado, um pequeno-almoço mal cheiroso, e as mãos frias nas minhas costas. Que ralha comigo por deixar a roupa desarrumada pela casa, e que deverias ser tu com esse hábito. Querias! Que me leva a dançar até altas horas da madrugada, por ruas desertas que são tão e somente nossas, onde as nossas vozes ecoam para além de to

Espero

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Quis-te, como quem não quer saber das consequências que o fim do Mundo poderia trazer. Aliás,... que o Mundo termina-se a qualquer hora. Os meus pesadelos iriam ser eternos sem que estivesses ao meu lado. O lugar do teu lado da cama ainda está quente. Traz-me uma segurança que conheci em tempos. Arruinada pela melodia incessante da realidade. Tenho vontade de gritar. Mandar abaixo esta merda toda! Provar que sou uma Super Mulher, que não preciso de ser posta à prova a toda a hora. Mas que ainda preciso do meu Super Homem ao meu lado. Quero-te. Com a mesma intensidade do momento em que te pus a vista em cima pela primeira vez. A saudade é fria e desconfortável... Uma porra fodida, e que ninguém deveria ter que suportar. E não viver seria ainda pior. Descartei ventos em troca de tempestades para que a nossa intensidade fosse a de mil sóis. Mas a tempestade da nossa sinceridade foi demasiado para nós os dois. Marcaste-me... E por muita água e sabão que use para lavar as mar

Para além de ti

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Cheguei a invejar os saudosos daquilo que nunca tiveram... Quando eu própria me tornei numa saudosa daquilo que tive, e perdi... O eco das tuas palavras perdura à minha volta. É um exercício inválido, tentar rodear-me de escuridão para tentar esquecer-te A história do que vivemos daria para encher folhas e folhas de papel de carta. Mas estão somente gravadas na minha pele. Cheguei a pensar que os teus beijos curariam os males do Mundo. Hoje, que sinto tanto a tua falta, percebo que eram somente a minha droga. Refugio-me no meu roupeiro. As tuas camisolas caem e prendem-se nas minhas mãos. Ainda sinto o cheiro do teu perfume, e transporta-me para algum sitio que eu não quero ir... Pois sei que quando voltar doerá mais. Deixo-me escorregar até ao chão, e na balada da vida, vejo a luz do fundo do túnel lá de fora a desvanecer-se, até ser menos do que carvão na folha de papel. Fomos uma canção triste que nunca teve a esperança de um final feliz. Fomos um ponto final, no lugar de

Vicio

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Amei-te mesmo, sabias? Com o desalinhar das estrelas e o barulho das luzes. Até que os minutos voltassem para trás, e a vida não passou a ser mais do que um filme mudo. Amei-te dos pés à cabeça, e sorrisos perdi em troca desse amor. Imaginei que a saudade doesse menos do que isto. Os dedos tremem-me, como se notassem a falta de uma droga que e fazia as vontades. Foste realmente como uma droga para mim. Mas hoje, a minha mente está praticamente limpa de ti. E só consigo ver o mal que me fizeste. Foste o meu vicio. A pessoa pela qual o meu corpo gritava nas noites frias, que me mantinha na ilusão que o Mundo era um local que só valia a pena contigo ao meu lado. mas tornaste-te somente no meu demónio. Fui feliz contigo. Admito tanto pelo menos. Que consegui encontrar uma réstia de calor nos teus braços. Mas foram os teus enganos e mentiras que estilhaçaram a ilusão no final. Foste o meu futuro. Mas o futuro muda, mesmo quando não estamos preparados para isso. Contigo aprendi

Loucos

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Tornaste-te parte de mim... O forasteiro da vida que me fez dar saltos para o desconhecido. Arrancaste-me da minha normalidade e encheste-me os pulmões de ar, quando abri os olhos para o nosso Mundo pela primeira vez. És cheio de linhas tortas e de curvas perfeitas. O teu sorriso é a única coisa que me leva a cabeça à Lua, e me assenta os pés na Terra. Foste imperfeito, num Mundo que me pedia para não o ser. A alegria de uma vida contigo era apenas igualada ao sabor dos teus dedos cruzados com os meus. A tua voz... Doce de mel aos meus ouvidos. Viverei mil vidas em busca de alguém que me faça tremer dos pés à cabeça, e no final de contas, não vou querer saber. Não serás tu de qualquer das maneiras. E sim... Arrisco num piscar de olhos uma vida ao teu lado. Porque a liberdade de saber, de gritar para quem quiser ouvir que te amo é mil e uma vezes melhor, do que viver na prisão de nunca te ter tido. De nunca te ter experimentado. Dizem que só os loucos se apaixonam e eu sou

Um quadro de um amor despedaçado

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No então fica a saudade... Um interlúdio daquilo que poderia ter sido mas que já não vai ser. Terminou, e não consigo sentir que o resultado deveria ter sido este. A vontade foi-me arrancada das mãos. O momento em que decidiste partir alterou a minha vida de uma maneira irremediável. E agora estou numa encruzilhada. Sem rumo e sem remos. Abri-te o meu coração, num momento que ficará para sempre guardado na minha memória, mas pelos vistos não no teu coração. Pensava que tinhas gostado de mim. Agora resta apenas a desilusão. Inventei-me, e inventei-te... começo a pensar que nada fomos para além do produto da minha imaginação. Um sonho que durou muito mais para além daquilo que me poderia atrever a desejar. Rodeei-me de ti, mas o frio chegou na mesma. E no fundo sei que... a saudade acalma, mas não desaparece. Não por completo de qualquer das maneiras, e as memórias são o seu testemunho amoroso. E a verdade acima de tudo... és aquele que me prenderá ao passado, até que o rel

Depois

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Perdi-te... E a culpa não foi de ninguém. Depois de todo este tempo, sei que, se voltasses, os meus dedos ainda saberiam de cor cada sarda do teu rosto e cada sonho do teu coração. O meu... Nem te falo sobre ele, sobre a pena de acabarmos os dois em maus lençóis. Mas sabes? Fico contente por te ver. Estás com bom ar. As tuas bochechas ainda tem as covinhas do costume. Estás corado. E acho que até perdeste algum peso relativamente à última vez em que te vi. Bom para ti. Bem sei que o mesmo não aconteceu comigo. Reparo no colarinho da tua camisa. Reconheço-a. Foi o último presente que te dei. Faço um esforço tremendo para que os meus olhos não se prendam no tecido, mas a minha mente prega-me partidas, e as memórias de um tempo em que o amor era uma realidade e o nosso futuro apenas uma questão de tempo, querem raptar-me do aqui e agora, Não queria dizer-te isto, mas... dói-me ver-te. Mas aceito a dor. Torna real um Mundo ao qual não pertenço, um presente que nunca quis tomar co

Pedaços

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Amei-te desde o momento em que te conheci. Entre portas e travessas, o sonho trouxe-te até mim. Foste escrito ou desejado, e o meu amor por ti não poderia ter sido maior. Cresceu de segundo para segundo. Traço por traço. Detalhe por detalhe. Conheço-te e sei de cor os teus desejos. Ou pelo menos sabia. As coisas desvaneceram-se. Nem sei quando aconteceu. Ou porque é que aconteceu. A nossa história de amor foi épica. Mas hoje, já não nos conhecemos. O meu coração cai-me aos pés, de cada vez que te encontro pelas ruas. Ainda me lembro quando o meu sorriso que me mostravas era o meu Sol, quando eras o meu porto de abrigo. E agora os teus olhos nem caem em mim. Perdem-se vontades quando se encontra o amor, e o meu amor cresceu para além de mim. Vejo as tuas mãos a fecharem-se com força, como se em resposta à minha presença, mas mente sobre o corpo, e às vezes aquilo que o coração quer não pode ter. Quebro-me em mil pedaços e as memórias perseguem-me, sem me darem descanso. À

Até que o Mundo à minha volta desvaneça.

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Tornei-me mais de mim no dia em que te comecei a amar. Tornei-me mais do Mundo quando me comecei a preocupar. E realmente amei-te, sabes? Com tudo o que este fraco coração me permitiu, e ainda te amo com todas as forças que me restam. Fizeste-me sorrir mais do que alguma vez me lembro de ter sorrido na vida. Sei que a vida é curta, foi curta, e talvez as memórias sejam já fracas, mas sei... sei que aquilo que te digo é a mais pura e complexa das verdades. Do fundo do meu ser. Fizeste-me apaixonar-me pela vida, para além de me ter apaixonado por ti. Fizeste-me ter saudade do teu toque na minha pele, e que a tua mão na minha seja a única coisa que faz o tremores desaparecerem quando eles chegam. E as palavras que tento passar o papel, nunca, em tempo algum, te poderão provar aquilo que vai aqui dentro. O meu coração transborda de amor, por ti, mesmo, quando nada daquilo que destrói o meu corpo, é minimamente justo para ti. Amo-te de manhã até ao inicio da madrugada. Quando os t

Última noite

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Inventei o Destino em troca da Saudade... Troquei a minha sanidade por uma noite... Apenas uma noite ao teu lado. Quero que o tempo pare, congele, um momento em que ficaria para sempre na história, na nossa história, e que será irremediavelmente nosso. Quero deitar-me perto de ti. Olhar nos teus olhos, e contar quantas estrelas poderiam caber neles. Fazer o contorno das tuas sobrancelhas com os meus dedos e descobrir os segredos do Universo. Quero dizer-te tolices. Coisas que valem a pena serem ditas em voz alta, porque guardadas cá dentro não fazem falta nenhuma. Quero contar cada uma das tuas sardas e guardá-las só para mim. Um segredo tolo e inocente, como cada alma deambulante deveria ter na sua vida. Quero ir à Lua e voltar contigo. Tornar a sentir os teus braços em meu redor, bem apertados, como se nunca mais me fosses largar. Mais do que um momento ao teu lado, queria ter a vida inteira. Mas já que não pode ser contento-me com uma noite. É sempre melhor do que nunca t

Página em branco

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Alguns podem dizer que conhecem o amor como se fosse o seu melhor amigo, outros podem até escrevê-lo de cor, fruto dos seus corações traiçoeiros ou até mesmo inventá-lo... Já que se inventam tantas outras coisas, porque não mais uma? Pois... Eu tive-o nas minhas mãos, e por entre os meus dedos fugiu. A noite em que me caíste do céu, foi a mais estrelada das noites, em que duas pessoas tiveram a sorte dos Deuses de se arriscarem a apaixonarem-se. Só os fracos de coração e tolos da razão. Eu, era a calada no meio de um grupo de tagarelas, a minha imaginação sempre falou mais alto do que a minha presença, e noventa porcento das alturas estava no Mundo da Lua. Tu... Céus... Tu eras o mais tagarela de todos eles, o maior gesticulador e o maior falinhas mansas que alguma vez havia conhecido. E acho,... acho que te amei de cor. O nosso amor foi pouco digno de contos de fadas. Dizem que as mulheres são de Vénus e os homens são de Marte, e no nosso caso, nenhuma outra verdade poderia

Podemos fingir que somos outras pessoas?

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Amo-te do amanhecer ao por-do-sol. Com a intensidade de quem grita os bons dias para o outro lado da rua. Com a força de quem quer gritar o teu nome do topo de um prédio alto. Amo-te simplesmente. E ao mesmo tempo... de simples não tem nada. Amo-te porque sim. Porque não. Tenho vontade de correr para os teus braços. Ou deixar que te aninhes nos meus. Fico a contar os minutos, para ter um pequeno vislumbre de ti. Imagino-te ao meu lado e sorrio com a ideia de ti. Um dia... gostava de ter mais um dia. Seria suficiente para alimentar as minhas vontades. O cheiro das tuas roupas, aquelas que ainda ficaram perdidas pelo apartamento, começa a desaparecer lentamente. Amo-te com saudade, melancolia de quem um dia amou e foi amada de volta. Estás a meio Mundo de distância de cada vez que nos encontramos na rua. Os teus olhos procuram no meu rosto algo, alguma coisa que te diga que estou diferente. Que o motivo pelo qual nos afastámos deixou de existir. É sinal que te preocupas? É por