Tudo muda
No inicio dos tempos, onde as horas tinham facilidade de passar, onde os dias eram claros tão depressa quanto eram curtos, em que as acções eram fáceis, porque não necessitavam de ser completamente explicadas, foi ai que eu te conheci. Foi ai que te vi, perdido no meio de todas as coisas fáceis e compreensíveis, a viver como só tu sabias viver. De sorriso fácil no rosto, e despreocupações aparentes. Estavas com as mãos ocupadas, no meio de CDS e livros, as tuas coisas favoritas, que depois deixaram de o ser quando me conheceste. Lembro-me de olhar para ti, com uma maior admiração do que aquela que queria admitir, ou que alguém gostaria de admitir perante um estranho. Parecias tão livre, e eu era tão presa, nas amarras da minha própria livre. Eras tão alegre, e eu não conseguia deixar de me enterrar cada vez mais e mais no remoinho que eram as minhas complicações, o meu normal dia a dia. Pensei que apenas serias isto para mim. Um estranho a quem uma rapariga tímida tem medo de falar, ma