Mensagens

A mostrar mensagens de agosto, 2015

Gostares

Imagem
Gosto do teu acordar pela manhã. Quase como um vídeo caseiro. Cheio de calor, alegria e travessuras. És o meu maior traquinas. Gosto do teu humor. Ora quente, ora frio. Inquietante. Desconcertante. És um rebelde de amores proibidos, e o maior rebelde pelo nosso amor. Gosto da vida ao teu lado. Picante! Cheia de especiarias. Escaldantes aventuras, que poderiam meter vergonha aos mais sarcásticos poetas desvairados. Gosto do teu gosto simples. Das tuas cores vivas e dos teus padrões intrincados. Acho que fui a maior extravagância que alguma vez fizeste. E talvez a melhor. Gosto dos teus momentos. Ora és um Rei das Arábias ora o príncipe dos Eremitas. Mas quer do topo do teu esplendor ou da reclusão, sempre fazes de mim a tua Rainha. Gosto daquele pequeno sinal no teu nariz. Aquele que parece um quarto crescente. Que faz de ti o distinto dos mais distintos e o príncipe dos alienígenas. Já reparaste como consigo sempre com que faças parte da realeza? Gosto da maneira como dizes o

Procuras

Imagem
Procuro por ti no meio da escuridão. Só para te dizer palavras simples. Que tenho saudades tuas. Sinto a tua falta. Procuro por ti na dança desta vida, para te dizer que és o meu par ideal. O farol no meio de uma tempestade impossivel. Apoio-me em ti quando as forças já são poucas. Encosto-me no teu tronco, traçando pequenos caminhos desde a ponta dos meus dedos até à parte de trás do teu pescoço. Chegaste do nada para me arrebatar da cabeça aos pés, ou dos pés à cabeça. Seja qual for a ordem deixas-me sempre arrepiada. Somos como electricidade estática. Sorris-me da impossibilidade de bons momentos que passamos todos os dias. Adoro as covinhas que fazes quando sorris. Como se fossem impressões digitais da felicidade natural de um rapaz feliz. Amo-te da naturalidade do teu ser. Se é que existe alguma coisa de natural na nossa loucura  de apaixonados. Procuro sempre por ti nas luzes do dia. Quase como um Natal em Paris, onde tudo parece mágico. Exerces um magnetismo que me tira

Loucura

Imagem
Soubeste que eu era uma desnorteada desde o primeiro momento em que olhaste para mim. Disseram-te que eram os meus olhos. Disseste-me isso. Concluíste demasiado cedo que era qualquer tipo de paixão que estava inerente a eles. Não é paixão. É somente loucura desnorteada. Uma loucura sã. Pouco. Mas o suficiente para os meus dias serem maiores do que os da maioria das outras pessoas. Sã o suficiente para compreender o Mundo que nos inclui a nós os dois. E o mundo que te inclui a ti, é somente aquilo que eu peço. Sou louca. Possuo uma loucura dominadora e submissa. Uma loucura provocada pelas nódoas negras do tempo. Das amolgadelas que me foram deixando conforme fui seguindo o meu caminho. Não deixei de caminhar, apesar disso. Fui vivendo conforme a loucura dos outros. Reprimi a minha numa tentativa de me submeter ao Mundo destruidor em nosso redor. Tocaste-me mesmo quando viste o meu interior. Viste a minha loucura selvagem dominadora. A selvagem que existe em mim, que assoberba tudo

Despertares

Imagem
Acordo-te em cada manhã à espera de começarmos o nosso para sempre. Não é uma coisa definitiva claro. O para sempre adquire novas formas, novos ternos segundos, minutos de pessoa para pessoa. Queres saber qual é o meu para sempre? Acorda. mostra-me esse sorriso capaz de derreter glaciares e lançar aos mares navios de guerra. Mostra-me esse sorriso, que foi a primeira coisa que conseguiu alcançar o meu coração coberto de trevas. É esse o meu para sempre. As borboletas no estômago que me provocas cada vez que sorris para mim. O facto de teres um sorriso que apenas eu te consigo provocar. Vá lá! Acorda. Mostra-me esses olhos ternurentos e cheios de caricias pela manhã. Esses olhos que não largam os meus no meio de uma multidão, por muito mais do que o medo de me perder de vista. Que não largam os meus, pelo teu medo de perder o norte, pelo teu medo de ficar num sítio escuro sem saber como regressar. Olho para a tua mão pousada em cima da almofada. Vejo o teu sinal nas costas da m

Fica

Imagem
Fica. Por favor. Por nada. Mas fica. Peço-te. Pode parecer um pedido pequeno para os de fora. Mas sei que tal não é verdade. Sei que tens medo. Sei bem disso. Mas quero que saibas que também tenho. Tenho, porque talvez... talvez já sinta algo para o qual não tenho explicação. Fica. Fica. Fica quando os dias são demasiado cinzentos. Fica quando os dias se tornam escuros que nem um breu. Fica. Fica por segundos. Vê como te sentes. Absorve esses sentimentos. Se parares por um momento, pode ser que te comeces a sentir como eu. pode ser que comeces a sentir algo para o qual não tens explicação. pode ser que te permitas a isso. Fica. Fica na simplicidade da vida e na intensidade de tudo o mais que perdura . Fica. Por favor! Enquanto ficares posso permitir-me pensar que tudo é possível. Por mais do que aquilo que é sagrado, profundo e magnifico. Fica por acreditares que eu não te vou magoar. Um dia, também o fiz. Permiti-me dar um salto de coragem. Estava alguém do outro lado, para me a

Amores

Imagem
Amei-te pela primeira vez de uma maneira simples e profunda. Digna dos verdadeiros contos de fada, onde o mal surgia sobre a forma de uma bruxa Má, e a nossa paixão ultrapassava todas as tormentas. Amei-te da segunda vez, de uma maneira mais descontrolada, mas carinhosa. Amor de quem desespera por completo por uma golfada de ar mas de quem quer ter a verdadeira oportunidade de a saborear. É um amor digno dos poderes dos grandes deuses, mas capaz de grande bondade. Um amor intenso e quente. Obsceno, mas tudo o que vale a pena na vida tem o seu quê de obscenidade. Amei-te de novo, no calor de novos momentos e de novas idades. Amei-te quando novas modas nos cercaram, e quando era uma moda ainda maior estar apaixonado. Amei-te no calor do momento, como se a fugacidade do tempo pudesse fazer com que os nossos sentimentos fugissem para lado nenhum e para todos os lados em simultâneo. Amei-te com a intensidade e com a mágoa de quem sabia que tudo iria terminar em breve. Amei-te por tudo o

Tenho cicatrizes

Imagem
Tenho muitas cicatrizes. Indescritíveis. Estão espalhadas por todo o meu corpo. Sei que não as consegues ver. Mas formam mapas intrincados. Formam mapas de todos os caminhos que a minha vida tomou. Caminhos difíceis. Perturbados. Que tomam a história da minha vida. As minhas cicatrizes contam o ser humano que sou, contam o ser humano que fui desde o inicio da história. Da minha história. Tenho mesmo muitas cicatrizes. São resultados das amarras que me foram lançadas ao longo dos anos. Amarras que me prenderam, que me impediram de chegar ao futuro que tanto tinha desejado, há tantos anos. Ou que me arrastaram de lá. Tenho cicatrizes. Talvez não as vejas. Fico contente por isso. Talvez apenas sejam visíveis nos locais daqueles que me magoaram. Talvez sejam apenas visíveis aos olhos daqueles, que tal como eu, também sofreram. Daqueles que também ficaram com marcas irreconhecíveis no seu corpo. Daqueles que foram torturados tanto pelo tempo como pelas vontades de outros. Talv

Perdoa-me

Imagem
Amaste-me um dia, quando eu ainda não ligava a essas coisas do amor. Amaste-me quando eu ainda era uma criança emocional, desprovida de arestas mais complexas. Já tu eras o complexo. Lembro-me das estrelas que surgiam no teu olhar - pequenos pontos brilhantes que te deixavam tão belo - e arrependo-me da indiferença do meu espírito. Lembro-me dos sorrisos que me arrancavas, e sei dos pensamentos em que me partilhavas. Conheço-os de cor agora. Sei o que sentias agora. Mas agora... Mas agora estás longe. Magoei o teu coração no dia em que partilhaste comigo a alegria que era amar alguém. Que era amar-me. Perdoa-me. Eu não compreendia. As tuas palavras silenciaram-se. Perderam-se na ternura da distância que se interpôs entre nós. Senti a tua ausência com a mesma intensidade do inicio da tempestade que embarcou no meu coração. Observo-te ao longe. Vejo-te com outros. Com outras. Percebo-te. Talvez a distância emende um coração partido. No entanto os pedaços do meu continu

Quero-te de volta

Imagem
Na imensidão dos dias que já pouco ou nenhum significado tem para mim, paro por momentos. Paro por momentos porque vale a pena. Para te lembrar. Apenas a mera imagem do teu rosto através das minhas pálpebras traz um sorriso aos meus lábios. Mas a tristeza. A tristeza que me atinge quando me apercebo que não estás verdadeiramente aqui. Essa dá cabo de mim. Então relembro. Relembro. Para me manter viva. Como se a mera memória da tua existência na minha vida, fosse como um combustível. Que me mantém no caminho. Que eu não sei que contornos toma. Devo ter medo que aí vem? Deus! Só desejava que estivesses aqui. Lembro-me com carinho. Em cada pequeno sinal do seu rosto. Cada ponto que te unia na eterna felicidade que emanavas. Lembro-me como me procuravas. Como se de repente estivesses perdido no meio da multidão e necessitasses que os meus olhos fossem a tua luz. Desejava que aqui estivesses. Queria-te de volta. nem que seja somente para que o fantasma atormentado da m

Sei-te de cor

Imagem
Sei-te de cor por cada traço dos limites do meu ser humano que se funde com cada traço da descoberta do teu ser. Mas não te percebo na mesma proporção. Sei de cor o teu cheiro. É o que faz parte de cada Presente que me desperta em cada manhã e o que povoa os meus sonhos em cada noite. E sinto saudades. De tempos melhores. Onde as guerras não existiam através das palavras. Quando cicatrizes ainda não existiam. Existem pedras no caminho. Que traçam uma rota. Por vezes constante. Por vezes de contornos irregulares. Como se estivéssemos destinados a tropeçar a cada extremidade. Mas é em vão cada corte. A luta nunca termina. Aliás, do que poderia valer tudo se a luta terminasse sem que algo mudasse? Uma vez, cheguei a contra cada cicatriz que fazia parte do meu corpo. Poderia ter feito um mapa para as estrelas com elas. Como se a sua luz pudesse iluminar o buraco de escuridão que me assola. A mudança é requerida. Em lugares onde tudo permanece igual à demasiado tempo. E po

Porque é que nos escolhemos amar?

Imagem
Em muitos dias escolhemos o que nos faz bem. Faz parte da Natureza humana, claro. Primeira lei... Não nos magoarmos a nós. Pois, sim. Parece mais fácil do que realmente é. Apaixonei-me por ti numa manhã quente de Agosto. E falo em paixão porque foi um sentimento leve, apenas ligeiramente intenso. Apenas uma gota no meio da imensidão de oceano de amor de tantas outras pessoas. Olhaste para mim naquela rua. Já te conhecia de outras vistas, como se a vida tivesse mais do que uma visão. Mais do que outros pontos de vista. Falámos de uma maneira diferente, como se as palavras corressem livremente por uma folha de papel. Risos. Gargalhadas contagiantes. Depois seguimos. Mensagens trocadas, missivas desnorteadas. Músicas que partilhámos que anunciavam ao Mundo aquilo que apenas os exclusivos poderiam compreender. Palavras. Sempre as palavras. E depois os beijos. Os sorrisos entre beijos. As caricias de momentos entre nós. As cócegas entre beijos. Um amor carinhoso que alguns poderiam conh

Saudade mata

Imagem
A saudade pode matar. É um facto cientificamente comprovado. Mas um facto não assim tão científico. Não é algo que aconteça de repente. Isso é certo e sabido. Vai acontecendo aos poucos. Uma dor dilacerante aqui. Umas lágrimas que parecem transbordar dos meus olhos ali. Uma falta que tem o potencial de esmagar o maior dos Golias. Existem pessoas que parecem ser feitas para sobreviver à saudade. Que lhe passam por cima, como um barco à vela passa por um Oceano repleto de peripécias e de perigos. Depois existem pessoas como eu. No dia da tua partida... achei somente que a dor me iria rasgar. O céu esteve prestes a cair na minha cabeça. Que a falta de ar me iria magoar os pulmões e que o meu coração iria quebrar pelas brechas crescentes que por ele foram desenhadas. No dia da tua partida...foi o que em que o céu que esteve para cair sobre a minha cabeça, não mais mudou de cor e que o Sol correu para ter tempo de se esconder por trás das nuvens. Foi o dia em que as minhas mãos ficaram g

Apaixonemos

Imagem
Acredito que continuamos a amar aquele por quem primeiro nos apaixonamos, mesmo depois de a distância ter primeiro exercido os seus efeitos. Mas não e o mesmo tipo de amor. É um amor diferente. Atenuado. De iguais dimensoes mas de menor intensidade. Como se tivesse cuidados. Mais protegido no interior de um coraçao que em tamanho e intensidade suficiente o acolher. Uma chama pequena que foi ponderada, pensada. Vivida e experenciada. Uma chama Olimpica, no alto da sua magnitude. Uma chama que nao se altera, que quanto muito fica mais concentrada, mas que permanece sempre. E auem sabe... talvez um dia essa chama aumente de novo. Talvez se torne mais vivida. Os seus vermelhos mais intensos, os laranjas e os azuis cresçam para acompanhar. E talvez esse amor deixe de estar bem conservado. Talvez queira saltar ca para fora de novo, para reviver a intensidade de outros dias, que se tornam no seu Presente. E talvez nos apaixonemos de novo.