Amor de momentos
Conheci-te numa manhã, em que os flocos de neve caiam do céu, cada um mais imperfeito do que o anterior. O vento gélido atirava-me para trás com a força de mil guerreiros: não consigo dizer quantas vezes me havia arrependido de ter saído de casa. Mas suponho que estivesse somente a ser forçada pelo Destino. Caminhara até à Baixa. A neve era tão pouco natural na cidade, que a maioria das pessoas se sentia desorientada relativamente ao caminho que havia de seguir. Eu, estava apenas desejosa de café, combustível para o começo do meu dia. Parei a meia distância do meu caminho, quando te vi no interior do café. Sentado, com um livro diante do olhar, percorrias as palavras como se disso dependesse o Destino do próprio Universo. O cabelo insistia em cair-te para a frente dos olhos, como se tivesse vida própria. Entrei dentro do teu café, quando tinha por Destino o meu. Lancei-te um olhar algo duradouro, mas nada te conseguiria desprender do teu Mundo Imaginário. Fui para a fila para ser s