Mensagens

A mostrar mensagens de julho, 2016

Amor de momentos

Imagem
Conheci-te numa manhã, em que os flocos de neve caiam do céu, cada um mais imperfeito do que o anterior. O vento gélido atirava-me para trás com a força de mil guerreiros: não consigo dizer quantas vezes me havia arrependido de ter saído de casa. Mas suponho que estivesse somente a ser forçada pelo Destino. Caminhara até à Baixa. A neve era tão pouco natural na cidade, que a maioria das pessoas se sentia desorientada relativamente ao caminho que havia de seguir. Eu, estava apenas desejosa de café, combustível para o começo do meu dia. Parei a meia distância do meu caminho, quando te vi no interior do café. Sentado, com um livro diante do olhar, percorrias as palavras como se disso dependesse o Destino do próprio Universo. O cabelo insistia em cair-te para a frente dos olhos, como se tivesse vida própria. Entrei dentro do teu café, quando tinha por Destino o meu. Lancei-te um olhar algo duradouro, mas nada te conseguiria desprender do teu Mundo Imaginário. Fui para a fila para ser s

Somente uma noite

Imagem
Relembro-te como quem não quer a coisa. Como quem somente vive de vontades e do desejo humano de as cumprir. Como quem respira, e não tem vergonha de admitir que está vivo. Relembro-te, com o despreendimento de quem te amou apenas uma noite, mas que vai amar-te sempre. Ainda que não seja para sempre. De quem não tem vergonha dos amores que se passam entre um homem e uma mulher, e que os vai recordar sempre com o maior dos desejos e seduções. De quem foi segurado nos teus braços, sabendo que era a primeira e a última noite que tinha contigo. E que nenhuma outra alguma vez se poderia comparar. Estavas lindo e elegante naquela noite, como se as estrelas tivessem saído à rua somente para cumprimentar o mais ilustre. Eras simples no teu andar, e talvez seja por isso que te revejo em todos os outros. Foste a minha maldição, ainda que somente por uma noite. Tomaste-me como quem não quer a coisa. Como um louco que arrisca saltar para o outro lado do precipício, quando a jornada vai ainda