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A mostrar mensagens de janeiro, 2015

Dias assim

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Ha dias assim... que nos fazem viver a história pela ponta e constantemente na ponta da historia. Que nos fazem gritar de felicidade, viver na obscuridade, estremecer de contentamento e chorar de tristeza. Que nos fazem viver com a adrenalina no sangue que sentimos vertigens só de olhar o chão. Que nos fazem viver no espanta espíritos da saudade e no limite da verdade. Dias que poderemos recordar com dor, com alegria, com tristeza. Mas uma coisa e certa... Recordamo.los... O dia em que te conheci foi um deles.. Chovia nesta cidade cinzenta mas ao mesmo tempo colorida que aprendemos a amar das mossas vivências e dos tempos que vivemos nela mas também dos clássicos do cinema a preto e branco e a cores, das serenatas a chuva sem cantigas e das cantigas que tem por tema esta cidade... Eu corria para o meu emprego de secretaria numa sede de um jornal.. Afinal que tipo de mulher não anda sempre a correr numa cidade como esta. Tinha os meus saltos numa lastima e as minhas meias de vidro c

Adoro.te

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E quente a luz que se apodera do meu rosto e me faz abrir os olhos para a beleza desta realidade. Apercebo.me que o sol vai alto quando olho atraves da janela, e não consigo deixar de sorrir porque mais um dia começou, e e mais um dia qe sorrio porque estas ao meu lado. Olho para ti. Tens o rosto voltado na outra direção. O teu cabelo loiro revolto nas batalhas que travas com a almofada, com as voltas e mais voltas que das. E uma guerra tranquila aquela que travas durante os teus sonhos e as vezes os meus PES e as minhas pernas e que são os únicos feridos. Mesmo assim, acho que gostaria de visitar os teus sonhos por uma noite, para te salvar de qualquer terror. Quem sabe no entanto, se o motivo pelo qual tanto lutas não e para me salvares a mim, cavaleiro de armadura reluzente. O lençol que te cobre as costas desce mais um pouco quando te mexes de novo, e vejo a constelação que cruza a tua pele desnuda, esse caminho de sardas que só as pessoas mais loirinhas tem. Acho tanta piada com

Antes e depois

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A algum tempo, aprendi que neste fio interminável, que por sinal ate tem um termino, que e a nossa vida, que tudo tem um antes e um depois. O antes de um por do sol que conhecemos como o numacomido numa tentativadia, e o seu por vezes parecer eterno quondee e a noite. A tristeza que antecede a amargura e as lágrimas que a precedem. Um sorriso que vem antes da gargalhada que esta no meio da felicidade. Aquela plantinha pequenina que se torna num dente de leao que depois de sofrer a força do tao antigo quanto o tempo vento voa com este ou se desfaz em milhões de si próprio. Todas estas coisas e muitas mais tem estas facetas, estes ques, e nos na correria do Mundo que partilhamos apenas por vezes reparamos em algumas destas facetas, descurando as outras, ou então nunca realmente nos apercebemos de nada. Aconteceu comigo. Aconteceu connosco. Não me peças para to explicar como deve ser. Só deus sabe que não o posso fazer. Eu era outra coisa antes de nos conhecermos. Era outra pessoa. Era n

Carta a tua infeliz ausência

E o sol brilha por entre as nuvens. E a primeira vez que não chove numa semana inteira. E não consigo deixar de pensar se isso não será uma espécie de presságio de uma mensagem da tua parte.  Sorrio perante essa perspectiva. Sei o quanto me gostavas de ver sorrir, pelo que e o que decido fazer isso mais vezes, por ti posso prometer isso. O vento corre leve pelos meus cabelos, e se eu fechar os olhos e pensar com muita força quase que o consigo sentir como o teu toque a muito perdido, mas nunca esquecido, e o ramalhar das arvores quase me parece o som da tua voz a muito não ouvida, mas tao bem guardada na minha memoria, e mesmo nos momentos em que começo a recear que posso começar a esquece.la ligo o nosso velho atendedor se chamadas, e ouço aquela tua mensagem tao longa em que me dizes que vais chegar atrasado para jantar mas que me queres levar contigo no teu ouvido ate chegares a casa, mesmo apesar de eu não dizer nada, de eu não poder dizer nada. Sabes, começo a perdoar.me aos pouco

Choro.te

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Faz hoje três anos, cinco meses e sete dias que deixaste o barulho vazio da tua ausência, e frequentes são as vezes que sinto que vou sufocar nessa imensidao, qu vou deixar de ver pela quantidade e lágrimas que teimam em picar os meus olhos... O lugar vazio que deixaste no centro e a esquerda do meu peito em nada diminui de tamanho desde essa malfadada noite em que puseste os pes fora de casa, apenas para nunca mais voltar.. Ainda me afogo nas ultimas palavras que dissemos, ainda fecho os olhos perante a imagem do teu carro a cruzar a esquina a saída da nossa velha casinha, das gotas de chuva que obscureceram a tua imagem, quais concorrentes ingratas das lagrimas que por sua vez caem pela minha cara, essa cena passa vezes e vezes sem conta na minha cabeça, qual fita de video presa no gravador... E a cena que marca os meus dias, que povoa os sonhos que tenho quando eventualmente consigo dormir, e são muitas as vezes que parece que vejo o teu acidente nos meus sonhos,, e assim acordo com

Um sonho

Sei que sonho mas não consigo acordar... Para dizer a verdade não sei se quero... Estou num corredor longo e escuro, e os meus passos ecoam no silencio longinquo como se tantas outras pessoas estivessem a minha volta.. Mas na verdade estou sozinha, como sempre acontece no fio condutor da minha vida.. Ao fim de algum tempo chego a duas grandes portas. Estas abrem.se quase de imediato e grandes médios fios de luz começam a inundar a escuridão que estava a minha volta.. Começo a ouvir uma pequena orquestra, a banda sonora do sono, do sonho; pois então se toda a vida tem uma banda sonora, porque não os sonhos também? Afinal não deixamos dr viver por estarmos adormecidos.. a música e inebriante e ritmada. No centro da sala, elegantes casais dançam, intricadamente concentrados uns nos outros, ora concentrados nos novos parceiros que vão surgindo a cada nova volta antes de voltarem ao seu parceiro inicial, aquele a quem pertenciam realmente... A quem poderemos pertencer realmente, senão aque

Aqueles dias, aqueles momentos

Acordo tarde num dado dia, numa dada semana, num dado mes... E aquela tao infame cidade, dos filmes das grandes telas, dos livros aos quadradinhos e ate dos livres normais... Aposto que ja ouviram falar dela.. Abro os olhos cinzentos e cinzento e o tempo que atravessa a minha janela pelo meio... Tento enterrar a cabeça almofada apenas por mais uns minutos e esquecer a realidade que corroí os segundos do meu dia.a.dia... Mas tal como disseste, a realidade nunca tarda em chegar, e tens razão, e por uns segundos te detesto por isso, e paço outro tanto tempo a sentir.me culpada por isso... Lá em baixo, um motor arranca na sua ruidosa tempestade.. E um qualquer carro que passa na sua viagem finita sem fim... São os condutores da vida enfurecida, aqueles que não ficam nada contentes engarrafados no transito, que praguejam contra todas as almas penadas que tal como eles apenas querem seguir a sua vida e aquilo que tem de fazer... São os compreendidos e incompreendidos, os que precisavam de
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Quero contar a história acerca de um pequeno objecto que me tem acompanhado a vida toda.. E um objecto que esteve lá durante as primeiras vezes que abri os olhos... Que era de uma enormidade perante o meu tamanho tao pequeno... Que teve nos tao intricados quanto os aros que o constituem apenas pata que eu não a perdesse durante as imensas brincadeiras de mim para mim mesma (não não era maluca, somente filha única), que foi diminuindo de tamanho conforme eu ia crescendo, que ia girando girando conforme assistia as voltas da minha vida... Assistiu ao meu primeiro dia de escola, as minhas primeiras amizades, Assistiu as minhas primeiras boas notas, as minhas primeiraa festas nas casas dos outros... Companheira fiel nas horaa vagas e nas horas acompanhadas... Nunca deixa o meu lado, atraves dos desgostos de amor, atraves das discussoes feias, atraves das gargalhadas alegres, atraves doa choros incontrolaveis que me apanham de tantas em tantas semanas... E esses nos da vida que me foram apa
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Foi a alguns anos atrás que me comecei a aperceber da verdadeira fugacidade do tempo.. De como tudo nos escapa a todos os momentos da nossa vida, mesmo que não seja essa intenção. Num momento, somos aquelas crianças que poderiam correr atras umas das outras através de algum campo, prado com as nossas gargalhadas a ecoarem pelo ar.. Somos aqueles que não se preocupam com as coisas mas da vida, aqueles que sabem apenas ser aquilo que são, sem artifícios ou enganos... E então e ai que tudo passa rapidamente. Começamos a ganhar consciência daquilo que fazemos, daquilo que somos, das pessoas que estao a nossa volta. Escolhemos, escolhem.nos... Magoamos, magoam.nos.. São muito poucos aqueles que sabem realmente ser felizes na etérea que e esta vida, são poucos aqueles que o conseguem realmente... O tempo passa rápido, e não deixa de o fazer apenas porque temos consciência que assim acontece... Quanto muito, o tempo torna.se naquela criança que outrora corria os campos... Provoca.nos para co
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Saio às ruas, assim que o Sol se começa a por no horizonte e as estrelas lentamente lhe começam a tomar lugar. É incrível a rapidez com que o azul celestial dos nossos dias-a-dias se transforma no azul escuro da negritude da noite. Os sons do dia começam a desaparecer muito lentamente. Começam a surgir os sons dos pequenos grupos que se dirigem para as suas festas, os sons dos carros frustrados que fazem o seu longo curso para casa. Existe no ar uma pequena fumaça que nos faz pensar em pó-talco esvoaçante, que nos esconde os mistérios que nem sabíamos ter diante de nós. Caminho muito lentamente, sentindo as pedras da calçada por baixo dos meus pés, e não me consigo conter em passar as minhas mãos pelas pedras rugosas das paredes dos velhos edifícios.  Nunca consigo afastar da minha mente, o pensamento que a cidade vive por baixo dos nossos dias. Que de alguma forma tem uma alma subjacente, que respira quando nós respiramos, que pisca os olhos quando nós o fazemos, que se expressa na