Dias assim

Ha dias assim... que nos fazem viver a história pela ponta e constantemente na ponta da historia. Que nos fazem gritar de felicidade, viver na obscuridade, estremecer de contentamento e chorar de tristeza. Que nos fazem viver com a adrenalina no sangue que sentimos vertigens só de olhar o chão. Que nos fazem viver no espanta espíritos da saudade e no limite da verdade. Dias que poderemos recordar com dor, com alegria, com tristeza. Mas uma coisa e certa...
Recordamo.los...
O dia em que te conheci foi um deles..
Chovia nesta cidade cinzenta mas ao mesmo tempo colorida que aprendemos a amar das mossas vivências e dos tempos que vivemos nela mas também dos clássicos do cinema a preto e branco e a cores, das serenatas a chuva sem cantigas e das cantigas que tem por tema esta cidade...
Eu corria para o meu emprego de secretaria numa sede de um jornal.. Afinal que tipo de mulher não anda sempre a correr numa cidade como esta. Tinha os meus saltos numa lastima e as minhas meias de vidro começavam a ficar ensopadas, e consequentemente as minhas pernas. O meu cabelo rebelde De natureza escapava como que indomável do carrapito que era suposto te.lo prendido. O rímel que tinha posto nas pestanas começava a ficar empastado com a humidade que prendia os ceus e tomava conta dos humanos.
Suponho que tenha reparado em ti pelo canto do meu olho. Mas não olhei verdadeiramente para ti. Ia a correr ate a berma do passeio numa tentativa humanamente desumana de tentar arranjar um taxi para sair da chuva. E foi quando tropecei em ti. Tu que vinhas tao bem prevenido debaixo do teu chapéu de chuva negro, como só o negro sabe ser. Eu pedi.te desculpa de uma maneira atrapalhada, e quando me atrevi a te olhar nos olhos, fiquei de respiração suspensa com a intensidade com que me olhavas, e o arrepio que me provocadas. Disseste numa cadencia suave, que poderíamos partilhar um taxi, e com a agilidade de um citadino fizeste um parar quase de imediato. Abriste.me a porta, as minhas poucas palavras, poucas pelo espanto e ao mesmo tempo sensacionalidade de tudo, não te atrapalharam de falar comigo. Quando nos envolvemos no embalo da viagem por um momento tiras.me o cabelo da cara. Dizes.me que o teu nome e Greg. Posso.te dizer com toda a certeza que me tive que aguentar com todas as minhas forças para não me rir na tua cara. Um nome tao pouco interessante para uma pessoa tao...PErguntaste.me como me chamava. E por um momento senti.me estúpida. Juro que o meu nome tinha dificuldade em sair da minha garganta, a eascapar.se pela minha língua. A muito custo te disse que me chamava Agnes. Sorriste hasitante, mas não vacilaste, em todos estes anos nunca te vi fazer tal.

Quando o carro parou não tiraste os teus olhos de mim. Era como se, mesmo nao me conhecendo de lado nenhum queisesses prolongar o momento, para o finito doa infinitos. O teu sorriso meio enviesado apareceu no teu rosto bem detalhado, e bronzeado e foi a primeira vez que reparei realmente, mesmo a serio na cadência da tua voz. Perguntaste.me se eu queria ir contigo. E numa urgencia recém descoberta, descobri que sim, que realmente queria. Estendeste.me a tua mao, um convite explícito as palavras anteriormente pronunciadas. 

E depois abriste a porta do carro...

E a minha vida em nada mais foi igual...

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