Aqueles dias, aqueles momentos

Acordo tarde num dado dia, numa dada semana, num dado mes... E aquela tao infame cidade, dos filmes das grandes telas, dos livros aos quadradinhos e ate dos livres normais... Aposto que ja ouviram falar dela.. Abro os olhos cinzentos e cinzento e o tempo que atravessa a minha janela pelo meio... Tento enterrar a cabeça almofada apenas por mais uns minutos e esquecer a realidade que corroí os segundos do meu dia.a.dia... Mas tal como disseste, a realidade nunca tarda em chegar, e tens razão, e por uns segundos te detesto por isso, e paço outro tanto tempo a sentir.me culpada por isso...
Lá em baixo, um motor arranca na sua ruidosa tempestade.. E um qualquer carro que passa na sua viagem finita sem fim...
São os condutores da vida enfurecida, aqueles que não ficam nada contentes engarrafados no transito, que praguejam contra todas as almas penadas que tal como eles apenas querem seguir a sua vida e aquilo que tem de fazer... São os compreendidos e incompreendidos, os que precisavam de um dicionário das emoções...
Deixo.me de porquês e passo a portantos, puxo o lençol branco para trás e sinto aquela brisa fria que me acompanha sempre desde aqui não estás. Coloco as minhas pernas para fora e coloco os pes no chão frio e ergo.me daquela cama que contruimos apenas de colchão no chão e cobertores.. A cama dos nossos amores, dos sins e dos naos, dos momentos em que me abraçavas cada vez que vinha lá uma trovoada mas agora a trovoada maior chegou e tu não aqui estas para me proteger, o lugar para onde me atiravas e me mostravas que me Amavas, onde o tempo era só nosso enquanto nos percorriamos a procura do caminho um para o outro... Sinto as lágrimas a chegarem.me aos olhos e desvio o olhar para a realidade cinzenta em meu redor... Chove lá fora e chove CA dentro, ainda não consegui com que o senhorio arranjasse aquela fuga do telhado... Tinhas tanta razão em detesta.lo... Vou para a casa dr banho e visto a roupa do dia anterior, aquela tua camisola que eu tanto adorei e depois de tanto te pedir me a deste, e depois de tu partires a única coisa tua que a tua mãe não levou, a camisola que ainda tem o teu cheiro mas por pouco tempo, porque o tecido tem destas coisas mas a memoria não... Nessa tu não partiste, nessa ainda aqui estas, mas também e essa que me atraiçoa porque me revela o momento em que fechaste os olhos e deixei de ouvir a tua voz... E hoje raramente quero ouvir a minha...

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