Amor e Perda

Lembras-te meu amor? Lembras.te daqueles dias que eram cinzentos para a maior parte das pessoas, mas que nos, connosco enchiamos de pura alegria e amor que chegava ate aos sois mais distantes? Quem me dera que te lembrasses. Quem me dera que estivesses aqui ao meu lado para ambos lembrarmos. Sobretudo para eu te lembrar de tudo. Sabes como costumávamos TeR pena daquelas pessoas que costumavam passar por nos, passavamos cinzentas pela vida, com uma tristeza que o sol não conseguia alcançar? Pois agora... Agora eu sou uma dessas pessoas. Suponho que apenas nesses momentos, fico feliz que não me consigas ver.. Apenas nesses momentos. Nos restantes DOI tanto mas tanto. DOI tanto que quase me destrói. Lembro.me da primeira vez. Da primeira vez que te vi. O sol incidia em cheio nos teus cabelos cor de palha, como que lhes dando a merecida cor do ouro. Sorrias muito discretamente um sorriso muito aberto que mostravas do mundo como se dele antes pertencesse em vez de a ti. Os teus olhos azuis

- Sabes uma coisa? - A maior parte dos dias finjo não saber. Mas hoje quero saber. - Acho que os meus sentimentos duplicaram. - Duplicaram? - pergunta ele. - Sim. - Isso e uma coisa boa? - Não deveria ser? - Não sei. Isso quer dizer que achas que as minhas qualidades aumentaram? - Nem por isso. - Então? Pioraram? - Não. És o mesmo. Quanto muito descobri.te mais falhas. Mas e olpor isso mesmo que te amo mais. - Por ter falhas? - Sim. E isso mostra.me que es mais humano e igualmente humano a cada dia que passa. - Tens de ter cuidado. - Porque? - Qualquer dia estas a tornar.te uma filósofa. - Credo! - Isso e uma coisa ma? - Apenas não o acho se me considerares uma filosofa de nos os dois. - E porque? - Porque nos os dois somos a mais bela história de amor que conheço. E as filosofias apenas valem a pena se forem acerca das coisas belas.

Quando era pequena, ha muitos anos atrás, quando me tornei adulta ao olhar o Mundo verdadeiramente pela primeira vez cheguei minha primeira grande conclusão enquanto adulta.. Aprendi, que num Mundo onde as diferenças parecem se ter tornado infinitas, os seres humanos tem uma coisa em comum una com os outros. O facto de serem finitos. O facto de tentarem viver os seus dias.a.dias como se fossem invenciveis, heróis improvaveis de um conto com fim previsível como a maior parte dos contos que nos contam. Mas algo mudou no dia em que entraste ma vida que nem um relampago que rasga os céus negros.. Não deixei de acreditar naquilo. Mas comecei a acreditar que estamos destinados a algo mais do que simplesmente viver, existe um ainda mais para além DAs nossas vidas mundanas.. Aprendi que nos prolongamos quando encontramos o amor que nos faz questionar tudo. Eu não sou tu e tu não és eu, não e disso que se trata. Mas a extensão daquilo que eu sinto por ti faz com que me sinta mais viva do que a

- Queres saber uma coisa? Queres mesmo saber qual o pensamento que me mantem acordado quando os sonhos deveriam estar a tentar chegar pelas noites, enquanto o meu maior sonho, que es tu dorme a meu lado? O pensamento que me atormenta a maior parte dos meus pensamentos nao tao livres e quando sera o momento em que te irei perder. E certo. Nao e uma questao de ses... porque esta vida que e mais ironica do que ss coisas ironicas, mais cruel do que as coisas crueis, nao poupa nada nem ninguem. Por vezes essas perguntas assaltam.me de maneira quase incontrolavel, dolorosos pensamentos que um dia poderiam ser realidades, e qual será esse dia? Questiono.me.. Questiono.me a medida que veja a tua pele serpenteada por pequenas constelações de pequenas sardas que escurecem por instantes internos a tua pele, quando será a ultima vez que a irei ver, qual a ultima vez que a poderei tocar, quando sera a última vez que a poderei saborear... os beijos salgados que os meus lábios provam quando tocam

- Ola. Como estas? Ainda bem que estas aqui, sabes. Tenho uma coisa que te quero dizer. Uma coisa que tenho vindo a guardar dentro de mim, desde o primórdio dos meus tempos, dos tempos de nos os dois. Que te amo. Não tanto quanto como no primeiro dia quanto te vi. Mais ainda. Mais do que alguma vez possas imaginar. Que sem ti, torna.se difícil por vezes, pensar no certo e no errado, no bom e no mau. Que a minha respiração e difícil de controlar quando estas longe, e que quero sorrir tanto quanto posso, e me e possível quando me sorris. Quero.te dizer que te amo, mas que não faz mal se não me Amares. Tenho aqui dentro amor suficiente para nos os dois. Mas se Amares... Nesse caso quero.te dizer que serei a pessoa mais feliz nesta Terra, e que nunca terá havido ser humano tao autenticamente alegre quanto eu, e te farei também na pessoa mais feliz de sempre. Quero que saibas que continuarei a olhar por ti imensamente, desde a ponta dos dedinhos dos teus pés ate a ponta dos teus cabelos, qu

- Sabes uma coisa? - O que? - Desde que te conheci apercebi-me de uma coisa. - digo-lhe. - Do que? - questiona ele. Noto-lhe uma verdadeira curiosidade na sua voz e pelo menos, pela primeira vez que me recordo sou eu que tenho na minha mão o rumo desta conversa, apenas um nivel mais leve do que o rumo da nossa relaçao. Olho para ele, os seus grandes olhos azuis, dois mares de profunda profundidade, a minha grande criança pequena. - Que desde que te conheci não mais olhei para outro homem. - E suposto as coisas serem assim? - Que queres dizer? Queres que eu olhe para outros homens? - Não me importo. Porque no final do dia não e com nenhum deles que irás para casa será comigo. - Olhas para outras mulheres? - Isso e uma pergunta de rasteira. - Não, e algo muito simples. - Não e das mulheres um habito dizerem "posso ser comprometida mas não sou cega"? Pois bem, e o que acontece. Mas mais uma vez volto a sublinhar o mesmo ponto. És a única quem eu quero levar para a min

As sombras da luz que um dia preencheu todos os espaços vazios, alongam-se pelas longas horas que o dia tem, como se isso desse alguma coisa que fazer ao dia. De longas horas tambem o dia e feito no final de contas. Percorro com o meu olhar os pequenos contrastes que o vitral por cima da nossa janela tem. Sei que a maior parte dos dias, estes são cinzentos e sem qualquer vida, mas a luz que atravessa aquele pequeno pedaço de janela ajuda.me a ver a cor dos dias suponho. Supor e aquilo que eu faço todos os dias tambem. Ja sao poucas as vontades que reconheço pelo meu corpo, como se ja nao reconhecesse por completo coisas que me costumavam ser tao familiares. A fome, o frio, o sono, a sede, o calor. Pelo que ando por esta vida as apalpadelas, como um cego caminha por sitios que nao reconhece com a sua visao. Tambem eu perdi aquela visao sorridente que eras tu cada vez que olhavas para mim. Faço deslizar as minhas pernas pela colcha da cama. Sento.me na beira desta, com as maos a apoiar