Sinto falta
Sinto falta de te ter nos meus braços. De passar as noites a sonhar acordada, com o sorriso mais estúpido que poderias imaginar, nas aventuras que ainda estavam para vir. Sinto falta de percorrer o teu rosto, completamente à vontade, com o meu olhar. Gastar os meros segundos de vida a contar cada sarda que existe no teu rosto, numa espécie de jogo, para ver de que vez conseguia contar mais. Sinto falta, da maneira como me olhavas, de cada vez que punha o meu pequeno vestido vermelho. Era como se fosse a única mulher que existia à face da Terra, como se fosses o homem mais sortudo, e eu no fundo, era também uma sortuda. Eras o meu Destino com asas. Sinto falta da maneira como te aproximavas de mim, quando me arranjava no espelho da casa de banho. Como um felino, primeiro muito devagar, e depois o mais depressa possível. Como colocavas os braços em redor da minha cintura, beijavas ternamente o meu pescoço, e eu quase que sentia o bater do teu coração na minha pele. Como me sussurrav