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A mostrar mensagens de dezembro, 2016

Amor

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Enchi-me toda de coragem... Respirei fundo, com a ligeireza de um passarinho bebé que sai do ninho. Aproximei-me de ti por trás. Podia reconhecer a tua figura em qualquer lugar, os teus membros fortes, os teus movimentos deliberados.  Sorriste-me quando me viste. O teu sorriso deixou-me de pernas trementes, sempre soube que eras a fraqueza da minha alma, do meu coração, e também eras a fraqueza do meu corpo.  Disseste o meu nome. Sempre adorei a forma como soava nos teus lábios, como se tivesse deixado de me pertencer, e adquirisse outra forma, graças a ti.  Uma sensação estonteante bem sei. Olhaste-me como se fosse a única à face da Terra e a pessoa mais importante daquela sala. Os teus olhos claros, percorriam o meu rosto de um cantinho a outro, como se tentasses decorar cada um dos seus detalhes, como se existisse a hipótese de ser a última vez que me estavas a por a vista em cima. Fazias-me sentir um frio na barriga, um nervoso de antecipação. Eras a minha maleita e o

Esperei

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Esperei até de madrugada, na esperança que o amor da minha vida voltasse para casa. Esperei em vão. Os meses passaram, e esperei que a saudade matasse o vazio silencioso, infiltrado no meu peito.  A Saudade apenas o aumentou. Reergo-me das cinzas da pessoa que era, antes de teres atravessada a ombreira daquela malfadada porta, apenas para apanhar os fragmentos do meu coração esmagado.  Perdi as cores da vida, a palete foi com o rio, e o arco-íris estilhaçou-se.  Esqueci-me de sorrir, desde que os teus Converse deixaram de estar debaixo da nossa cama. Desde que deixaste de tocar piano para me pores a cantar. Desde que deixaste de me abraçar para que os pesadelos seguissem o seu próprio caminho.  Esqueci-me de respirar, pois os fantasmas já não o fazem.  A perdição de alguém tornou-se na amargura de outrem... Na minha amargura. Parvo de ti, por me teres largado a bomba nos degraus da entrada. Quebras-te o meu coração. Agora fiquei com o trabalho de o consertar. 

Nunca te esquecerei

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Acordei, com a falta do calor do teu corpo ao meu lado. Foi um abismo maior do que a saudade. Perdi a sensação dos teus braços em redor do meu corpo. Da tua respiração de encontro ao meu cabelo, e como me fazias sentir que estava numa floresta tropical.  Dos teus lábios na minha tempora. Dos teus sonhos nas tuas palavras que me rodeavam e embalavam, como uma canção para adormecer.  Gostava de ter ficado para sempre acordada ao teu lado.  Não gosto de andar na rua sem te ter perto de mim.  Sinto-me na sombra de uma saudade esmagadora. Relembra-me dos dias que costumávamos estar juntos, e na realidade que me encontro no presente, somente tenho vontade de chorar. Sinto-me perdida, na meia-noite da tua partida. Encurralada onde tudo deixou de fazer sentido. Revejo a nossa história milhões de vezes. Questiono-me, torturo-me, na incerteza de saber onde é que virámos na rua errada. Onde é que a nossa sorte se tornou azar? Como é que fiquei sozinha, com as nossas rec

Estamos ao lado um do outro

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Segura-me perto de ti. Aperta-me nos teus braços. Dá-me a tua mão, entrelaça os teus dedos nos meus. Dá-me beijos. Na testa, nos lábios. Faz-me sentir em casa, toda quentinha e derretida por dentro, como só tu me consegues fazer sentir.  Afasta-me os fantasmas, que já convivi demasiado tempo com eles. Faz-me sorrir. Leva-me a sonhar, a imaginar. A sentir as borboletas no meu estômago, que nem uma menina pequenina com a sua primeira paixão.  Para admitir... Realmente és o meu primeiro amor.  Diz-me coisas verdadeiras. Diz-me coisas sentidas.  Diz-me que me amas. Que me darias a Lua e as estrelas se fossem tuas para dar. Mas que em todo o caso me dás o teu coração... E meu querido, meu amor, eu entrego-te o meu de volta todos os dias. És o meu sonho favorito. A minha realidade inimaginável. És o meu melhor amigo, e o meu amor predilecto. Quero estar sempre ao teu lado.  Contar-te todos os meus sonhos, e ouvir tudo acerca dos teus. Diz-me que eu sou a tua

Penso que serei tua para sempre

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Entreguei-me. Perdi os sentidos. Tornei-me leve, aérea. Achei que nunca mais iria voltar atrás. Foste o amor da minha vida. O meu céu, as minhas estrelas. O meu ser. Amei-te e perdi-te. Agora sou pesada que nem uma rocha. Tornei-me numa resistente à passagem do tempo. Uma tela em branco cujos sentimentos ficavam fechados num cofre a sete chaves. Um espectro de antigamente. Vagueio pelas ruas.  As pessoas evitam-me na maior parte dos dias. Devo tresandar a más coisas. Mas sou sobretudo uma vitima da vida, quando nunca quis esse papel.  Por vezes é uma merda, mas é o que se arranja. É demasiado na maior parte dos dias. Admito que é uma das minhas falhas. No dia em que partiste de ao pé de mim, algo começou a faltar. Uma folha em branco, ou um quadro negro que não sei se alguma vez terei de novo.  Aliás... Até sei... Tenho as minhas mãos frias. Geladas até. São dolorosas, as memórias de um tempo que costumava ser nosso. Mas são a única coisa que me resta d

Esperarei por ti

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Esperarei por ti até que o Sol se ponha.  Até que as andorinhas se aventurem até lugares mais quentes e uma nova alvorada surja no horizonte.  Tenho paciência de Santa em Terra de diabretes. Mas não me importo nada com isso. Foste um presente que me caiu dos céus. Não digo que me salvaste, não vá o teu ego crescer para proporções astronómicas. Mas apareceste num momento em que já não me bastava a mim própria, e o teu ar de charme começou a preencher aquilo que me faltava.  Conheci-te na esquina da saudade, onde o Sol dá as suas saudações e a Lua é testemunha inédita de amantes de outros tempos. Foi de um trambolhão que esbarrei em ti, de nariz enfiado num livro que ninguém se atreveria a pegar. A primeira coisa que soube acerca de ti é que eras corajoso. A primeira coisa que quiseste saber acerca de mim foi que horas eram. Respondi-te que eram horas do Destino, em jeito de graça e como quem não quer a coisa. As tuas bochechas ficaram logo todas vermelhas, e se as amarras do Futuro que

Queria

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Quero encher-te de beijos, carícias e abraços de cada vez que te vejo. Desarranjar o teu cabelo desgrenhado. Ultrapassar aquela barreira que se ergueu no meio de nós, no dia em que percebemos que os nossos sentimentos haviam mudado, mas não pronunciámos uma palavra acerca do assunto.  Quero beijar-te até ao fim de Mundo.  Quero dizer-te que és adorável. Que és sensual. Que és o meu melhor amigo, aquele que quero namorar, casar e com quem quero passar o resto da minha vida.  Que o teu sorriso foge para os meus lábios. As tuas sardas fazem-me lembrar constelações, acerca das quais eu nada sei.  Compreendo as tuas loucuras. Sei-as de cor, como um mapa para a alma de outra pessoa. Descobri o caminho para chegar até ti, mas suponho que a jornada é demasiado dificil para a fazer sozinha.  Queria pedir-te para estares a meu lado. Para me dares a mão, entrelaçares os teus dedos nos meus. Queria pedir-te para nos apaixonarmos juntos.  Canta-me uma das tuas canções.  Alguma de

Sei que voltarás

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Choro pela tua falta. Mas sei que vais voltar um dia. Sei que um dia vai ser tudo diferente. Que vais voltar a entrar pela porta da frente, com o teu sorriso de malandro e com a tua voz de doce. Por vezes, os sonhos são as coisas mais simples que temos na nossa vida. Fecho os olhos, e o teu rosto é a primeira coisa que me surge. Sonhei-te como o mais belo dos sonhos. Com todo o detalhe e ternura que a minha memória sabe de cor. Comecei-te a sonhar-te em tempos idos, quando a nossa história ainda se escrevia por linhas direitas. Agora os tempos são outros, as palavras perderam o seu rumo. Tento sonhar-te como o mais belo dos sonhos, apenas para acordar para o pesadelo de já não estares ao meu lado. Por vezes, é tudo demasiado complicado, demasiado lixado, demasiado merdoso para sequer ser considerado verdade. A vida é um riso irónico e a saudade uma merda fodida. Mas sei que vais voltar um dia.  Sei que as discussões de antigamente desaparecerão. Coisas grandes parecem