Amor
Enchi-me toda de coragem... Respirei fundo, com a ligeireza de um passarinho bebé que sai do ninho. Aproximei-me de ti por trás. Podia reconhecer a tua figura em qualquer lugar, os teus membros fortes, os teus movimentos deliberados. Sorriste-me quando me viste. O teu sorriso deixou-me de pernas trementes, sempre soube que eras a fraqueza da minha alma, do meu coração, e também eras a fraqueza do meu corpo. Disseste o meu nome. Sempre adorei a forma como soava nos teus lábios, como se tivesse deixado de me pertencer, e adquirisse outra forma, graças a ti. Uma sensação estonteante bem sei. Olhaste-me como se fosse a única à face da Terra e a pessoa mais importante daquela sala. Os teus olhos claros, percorriam o meu rosto de um cantinho a outro, como se tentasses decorar cada um dos seus detalhes, como se existisse a hipótese de ser a última vez que me estavas a por a vista em cima. Fazias-me sentir um frio na barriga, um nervoso de antecipação. Eras a minha maleita e o