Esperei

Esperei até de madrugada, na esperança que o amor da minha vida voltasse para casa.
Esperei em vão.
Os meses passaram, e esperei que a saudade matasse o vazio silencioso, infiltrado no meu peito. 
A Saudade apenas o aumentou.
Reergo-me das cinzas da pessoa que era, antes de teres atravessada a ombreira daquela malfadada porta, apenas para apanhar os fragmentos do meu coração esmagado. 
Perdi as cores da vida, a palete foi com o rio, e o arco-íris estilhaçou-se. 
Esqueci-me de sorrir, desde que os teus Converse deixaram de estar debaixo da nossa cama. Desde que deixaste de tocar piano para me pores a cantar. Desde que deixaste de me abraçar para que os pesadelos seguissem o seu próprio caminho. 
Esqueci-me de respirar, pois os fantasmas já não o fazem. 
A perdição de alguém tornou-se na amargura de outrem...
Na minha amargura.
Parvo de ti, por me teres largado a bomba nos degraus da entrada.
Quebras-te o meu coração.
Agora fiquei com o trabalho de o consertar. 

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