Gostares

Gosto do teu acordar pela manhã. Quase como um vídeo caseiro. Cheio de calor, alegria e travessuras. És o meu maior traquinas.
Gosto do teu humor. Ora quente, ora frio. Inquietante. Desconcertante. És um rebelde de amores proibidos, e o maior rebelde pelo nosso amor.
Gosto da vida ao teu lado. Picante! Cheia de especiarias. Escaldantes aventuras, que poderiam meter vergonha aos mais sarcásticos poetas desvairados.
Gosto do teu gosto simples. Das tuas cores vivas e dos teus padrões intrincados. Acho que fui a maior extravagância que alguma vez fizeste.
E talvez a melhor.
Gosto dos teus momentos. Ora és um Rei das Arábias ora o príncipe dos Eremitas. Mas quer do topo do teu esplendor ou da reclusão, sempre fazes de mim a tua Rainha.
Gosto daquele pequeno sinal no teu nariz.
Aquele que parece um quarto crescente.
Que faz de ti o distinto dos mais distintos e o príncipe dos alienígenas. Já reparaste como consigo sempre com que faças parte da realeza?
Gosto da maneira como dizes o meu nome. Primeiro um sussurro lento e depois um grito apressado. Com carinho e com a insistência da distância que é inevitável em cada manhã, mas que nunca é uma distância real.
Gosto da maneira como me dás a mão. Como entrelaças cada um dos teus dedos em cada um dos meus. Como sinto a tua pele calejada de encontro à minha, como que gasta pelo tempo ou pelas aventuras dignas de grandes descobridores.
Gosto de nós. Gosto do nosso calor em todas as horas que estamos apegados. Gosto do nosso sorriso, aquele que apenas damos um ao outro. Gosto das nossas gargalhadas. Gosto que sejamos índividuos e que sejamos um nós. Gosto de nós por inteiro e como pela metade.
Que posso dizer?
São gostares.

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