Pedaços

Amei-te desde o momento em que te conheci.
Entre portas e travessas, o sonho trouxe-te até mim. Foste escrito ou desejado, e o meu amor por ti não poderia ter sido maior.
Cresceu de segundo para segundo.
Traço por traço.
Detalhe por detalhe. Conheço-te e sei de cor os teus desejos.
Ou pelo menos sabia.
As coisas desvaneceram-se. Nem sei quando aconteceu. Ou porque é que aconteceu.
A nossa história de amor foi épica.
Mas hoje, já não nos conhecemos.
O meu coração cai-me aos pés, de cada vez que te encontro pelas ruas.
Ainda me lembro quando o meu sorriso que me mostravas era o meu Sol, quando eras o meu porto de abrigo.
E agora os teus olhos nem caem em mim.
Perdem-se vontades quando se encontra o amor, e o meu amor cresceu para além de mim.
Vejo as tuas mãos a fecharem-se com força, como se em resposta à minha presença, mas mente sobre o corpo, e às vezes aquilo que o coração quer não pode ter.
Quebro-me em mil pedaços e as memórias perseguem-me, sem me darem descanso.
Às vezes tenho medo de não me voltar a unir.
Respiro fundo.
E tento caminhar em frente.
Às vezes tenho esperança. Que o amor de uma vida não seja apenas um momento numa vida inteira.
Continuas gravado no meu coração.
Apesar de ter sido apagada da tua memória.

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