Um quadro de um amor despedaçado

No então fica a saudade...
Um interlúdio daquilo que poderia ter sido mas que já não vai ser.
Terminou, e não consigo sentir que o resultado deveria ter sido este.
A vontade foi-me arrancada das mãos.
O momento em que decidiste partir alterou a minha vida de uma maneira irremediável.
E agora estou numa encruzilhada.
Sem rumo e sem remos.
Abri-te o meu coração, num momento que ficará para sempre guardado na minha memória, mas pelos vistos não no teu coração.
Pensava que tinhas gostado de mim.
Agora resta apenas a desilusão.
Inventei-me, e inventei-te... começo a pensar que nada fomos para além do produto da minha imaginação.
Um sonho que durou muito mais para além daquilo que me poderia atrever a desejar.
Rodeei-me de ti, mas o frio chegou na mesma.
E no fundo sei que... a saudade acalma, mas não desaparece. Não por completo de qualquer das maneiras, e as memórias são o seu testemunho amoroso.
E a verdade acima de tudo... és aquele que me prenderá ao passado, até que o relógio recomece o seu caminho e o presente se atreva a chegar.
Até lá as lágrimas caem, e não tenho qualquer controlo nelas.
A verdade das verdades, é aquilo que o coração deseja no final do dia. Mas o problema da verdade, é que a maior parte das vezes é inconveniente...
E nem sempre é aquilo que queremos ouvir.
Visto a tua camisola, e prendo o meu cabelo no topo da cabeça.
Sinto-me fraca, mas indestrutível. O preço a pagar, por uma maior dor do que aquelas que alguma vez me atrevi a sentir.
Sou um quadro de um amor despedaçado.
Escrita por linhas tortas.
Sem pingo de tinta.

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