Perdi-me

Perdi-me em segundos de saudade e lágrimas de emoção.
Raios de sol que iluminavam ternamente o caminho que estas tomavam pelo meu rosto poderiam testemunhar que o meu coração se perdera.
A minha alma, estava somente à espera de ser transformada em papel.
Percorri o precipício que nos separava da eternidade, desejando sem limites que os teus braços fossem suficientes para me segurar, de me separar do ponto em que me estava prestes a desfazer.
Que os teus beijos fossem o bálsamo que as minhas feridas gritavam.
Mas desapareceste em busca de algo menor.
Em cantos que desaparecem nas sombras, estilhaços enterraram-se ainda profundamente no meu corpo.
Respirar tornou-se mais dificil.
Como se um elefante tivesse escolhido aquele preciso momento para se sentar em cima do meu peito.
Continuei a amar-te com a mesma intensidade.
Perdi-me em abraços que ficaram por dar e beijos que ficaram por amar.
Chorei quando te foste embora, como se a própria luz estivesse a ir embora contigo.
Perdi-me em pesadelos, com a ausência do teu corpo ao meu lado e sem o cheiro do teu perfume recentemente comprado.
Mas continuo a amar-te. Apesar de não querer e do meu cérebro gritar contra isso. Apesar do ar que respiro ser livre do teu espírito e cada música que ouço lembrar-me do teu nome.
Continuo a amar-te apesar de ainda estar perdida de amores por ti, permaneço de coração ausente e alma em folha de papel.

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