Mágoa

Partiste-me o coração, seu estúpido!
Isso bate palmas e uiva aos quatro ventos! Conta que houve alguém que te amou verdadeiramente e que deitaste fora o seu amor.
Pior ainda...
Fizeste pouco dele.
As tuas palavras são destruidoras. Quebraram-me ao meio com uma força digna do Golias.
Trouxeste à minha vida uma escuridão constante.
Nada a ilumina pelos vistos.
Sei que não te importas nada. Sei que isto não passam de desculpas para ti. Lamurias.
Pois. Bem aprendi que és um completo insensível.
Gostava de te poder dizer umas quantas. Gostava de te dizer que és horrível, gostava de te dizer que tens um sorriso que não me diz nada, gostava de poder dizer que não me importo nada contigo.
Mas mentiria.
Mas essa parte não precisavas de saber.
as minhas feridas estão a acumular-se. Nem sabes as dores que me dão. Por cada memória estilhaçada no chão gelado.
És um merdas, sabias? Por me fazeres chorar.
Nunca se faz uma rapariga chorar.
Surpreende-me que sequer estejas aqui, para ouvir aquilo que tenho para dizer.
Pois, sei que mais tarde a tua crueldade virá ao de cima. Sei que esfregarás as tuas mãos uma na outra de contentamento, e te rirás da minha estupidez por ti.
Nem sequer sei como é que ainda te amo.
Céus! Nem sequer deveria dizer isto. Não mereces sequer que pense em ti.
Já devias ter levado as tuas coisas da minha casa, já agora. Tens uma sorte doida de não terem sido postas no lixo por esta altura.
Não quero nada que me lembre que te pertenci um dia destes. Podes levar todas as prendas que me deste. Todas as fotografias. Pode ser que ao te lembrares do que me fizeste, te sintas horrível e na merda.
Já bastam as memórias para complicar o quanto basta a minha vida.
Já basta estar sempre a ver-te para destruir o meu ser...
Já basta...
Já basta teres-me magoado.

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