Espero por ti
Espero por ti...
Sabes... Naquela esquina, onde por mais que tentemos, o tempo nunca passa realmente.
Espero.
Tento bloquear as sensações. Ás vezes é inútil. Mas quando consigo efectivamente... talvez isso faça de mim um fantasma.
Uma sombra de quem já não sou...
Eu espero.
É a única coisa que me resta.
De tudo o mais desisti.
Existiram outros tempos. Existiram outros tempos onde a alegria ecoava deliciosamente aos meus ouvidos.
Éramos tão bons um com o outro.
Mesmo quando discutíamos. As nossas discussões eram diferentes. Cheias de paixão desenfreada e louca. A nossa teimosia atingis proporções exorbitantes. Mas não importava..
O sexo de reconciliação resolvia tudo...
Talvez seja mesmo pela intensidade das recordações, que hoje dói tanto. Porque as memórias foram gravadas com fogo, a saudade aperta e esmaga. A falta que tenho de ti.
Somente de ti.
Sou enganada pelas minhas próprias percepções. A esperança lidera os mais ingénuos, suponho. Mas neste caso a esperança, é somente uma amiga traiçoeira.
Sei que não irás voltar.
Perdi-te num triste nascer do sol.
Uma vida esmagada do nada. Deixaste-me a dormir profundamente. Como se quisesses prevenir que os meus olhos vissem mais do que querias.
Imagino que tenhas deixado uma última marca dos teus lábios na minha pele.
Estava a reuni-las pela superfície da minha pele. Um álbum de coisas românticas e picantes.
E depois foste. Não sei se olhaste para trás. A minha despedida foi silenciosa, cheia das palavras que nunca tive e nem alguma vez terei a oportunidade de dizer.
Depois soube. Soube da pior maneira. E gritei. E chorei. Esperneei e esmurrei. Podia ter dado cabo de qualquer coisa e de qualquer pessoa naquele momento.
Nunca ninguém me tinha preparado.
Aliás...
Como é que alguém se prepara para algo assim?
A maior parte das pessoas que conhecêramos enquanto casal, afastarem-se de mim enquanto individuo. Como se aquilo que nos acontecera pudesse de alguma forma ser transmissível a outros, em vez de ser somente sofrível. Não querem estar junto de mim, com o receio do nosso azar ser de contágio.
Mas as pessoas que não o fizeram... têm um optimismo depreendido. De quem nunca passou por algo assim. Como se não compreendessem a dor daqueles que ficam. Falam-me em luzes ao final de túneis negros. Que passarei esta fase.
Como se se pudesse chamar à morte de um amor épico uma fase.
Como se eu pudesse ter qualquer interesse em luzes e em caminhos demasiado longos.
Apenas tenho interesse em voltar atrás...
São sonhos...
É um sonho...
E às vezes os sonhos não se concretizam.
Sabes... Naquela esquina, onde por mais que tentemos, o tempo nunca passa realmente.
Espero.
Tento bloquear as sensações. Ás vezes é inútil. Mas quando consigo efectivamente... talvez isso faça de mim um fantasma.
Uma sombra de quem já não sou...
Eu espero.
É a única coisa que me resta.
De tudo o mais desisti.
Existiram outros tempos. Existiram outros tempos onde a alegria ecoava deliciosamente aos meus ouvidos.
Éramos tão bons um com o outro.
Mesmo quando discutíamos. As nossas discussões eram diferentes. Cheias de paixão desenfreada e louca. A nossa teimosia atingis proporções exorbitantes. Mas não importava..
O sexo de reconciliação resolvia tudo...
Talvez seja mesmo pela intensidade das recordações, que hoje dói tanto. Porque as memórias foram gravadas com fogo, a saudade aperta e esmaga. A falta que tenho de ti.
Somente de ti.
Sou enganada pelas minhas próprias percepções. A esperança lidera os mais ingénuos, suponho. Mas neste caso a esperança, é somente uma amiga traiçoeira.
Sei que não irás voltar.
Perdi-te num triste nascer do sol.
Uma vida esmagada do nada. Deixaste-me a dormir profundamente. Como se quisesses prevenir que os meus olhos vissem mais do que querias.
Imagino que tenhas deixado uma última marca dos teus lábios na minha pele.
Estava a reuni-las pela superfície da minha pele. Um álbum de coisas românticas e picantes.
E depois foste. Não sei se olhaste para trás. A minha despedida foi silenciosa, cheia das palavras que nunca tive e nem alguma vez terei a oportunidade de dizer.
Depois soube. Soube da pior maneira. E gritei. E chorei. Esperneei e esmurrei. Podia ter dado cabo de qualquer coisa e de qualquer pessoa naquele momento.
Nunca ninguém me tinha preparado.
Aliás...
Como é que alguém se prepara para algo assim?
A maior parte das pessoas que conhecêramos enquanto casal, afastarem-se de mim enquanto individuo. Como se aquilo que nos acontecera pudesse de alguma forma ser transmissível a outros, em vez de ser somente sofrível. Não querem estar junto de mim, com o receio do nosso azar ser de contágio.
Mas as pessoas que não o fizeram... têm um optimismo depreendido. De quem nunca passou por algo assim. Como se não compreendessem a dor daqueles que ficam. Falam-me em luzes ao final de túneis negros. Que passarei esta fase.
Como se se pudesse chamar à morte de um amor épico uma fase.
Como se eu pudesse ter qualquer interesse em luzes e em caminhos demasiado longos.
Apenas tenho interesse em voltar atrás...
São sonhos...
É um sonho...
E às vezes os sonhos não se concretizam.
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