Amor Simples

Sinceramente não sei como é que consegues.
Se não te conhecesse bem, até diria que és um contido, um insensível.
A sorte que tens de eu te conhecer tanto - e tão bem - cada um dos centímetros desse teu corpinho.
E desse teu coração.
Tens sorte de eu saber que a tua timidez ultrapassa muitas vezes a tua capacidade de me dizeres as palavras que tens para me dizer.
As tuas bochechas ficam sempre tão coradas quando estás ao pé de mim.
Sei que sentes a minha falta.
A tortura que é não estares ao pé de mim.
O toque ansioso dos teus dedos pela minha pele, denuncia-te meu amigo.
Nem sabes o quanto eu conheço de ti somente pelos teus gestos. Ás vezes valem mais do que mil palavras.
Admiro a tua força de vontade.
Eu própria às vezes não sei como é que me consigo controlar ao pé de ti.
Às vezes tenho um desejo súbito de passar as mãos pelo teu cabelo.
Sentir a sua suavidade por entre os meus dedos.
Puxar-te ainda mais para mim.
Para sentir a tua respiração na minha.
Credo! Só de pensar nisso...
As minhas pernas tremem..
É uma coisa boa que estou deitada mesmo ao teu lado.
Mas quando aqui não estás...
Sinto a tua ausência com uma intensidade desumana.
Por vezes demora um instante, depois mesmo de teres chegado para mim, até que consiga estar preenchida de ti.
Como se mal pudesse acreditar que aqui estás.
Também não acreditas por vezes?
Sei que gostavas de ser diferente daquilo que és.
Gostavas de ser senhor das palavras?
Bem, realmente ninguém é dono delas.
Apenas as pegamos emprestadas para digerirmos melhor as sensações que queremos transmitir aos nossos apaixonados.
E bem, coração...
Nunca quis que fosses diferente do rapaz por quem me apaixono todos os dias.
Às vezes existem coisas que são excelentes desde o seu excelente começo.

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