Foi assim que eu aprendi

Comecei a ver-te nos meus sonhos.
Gritei-te para te fazer chegar mais perto de mim. O teu nome soava tanto suave como perigoso, conforme cada letra saía pelos meus lábios.
Foi assim que eu aprendi a seduzir-te.
Procurei por ti em cada fotografia a preto e branco. Em cada panorama da vida de outra pessoa. Queria saber que contornos tinhas, mesmo depois de já me ter apaixonado por ti.
Foi assim que eu aprendi a amar-te.
Corri pelas ruas, com o medo que não me tivesses ouvido chamar pelo teu nome. As pessoas olhavam para mim, como se eu fosse uma louca. Para dizer a verdade, não deve estar assim tão longe da realidade. Só os loucos se apaixonam.
Foi assim que eu aprendi a querer-te.
Imaginei a tua chegada aos meus braços. Cada um dos teus movimentos, calmo e cuidado, preciso e tão natural, como a luz que vem de dentro de ti. Imagino as covinhas do teu sorriso, quando os teus olhos se colam nos meus.
Foi assim que eu aprendi a ter saudades tuas.
A tua voz virou música para os meus ouvidos. O seu tom inicialmente grave, com leves oscilações. A cadência suave com que me dizes que me amas. O lugar especial cá dentro, onde só as tuas palavras chegam.
Foi assim que eu aprendi a ganhar-te.
Agora procuras por mim, como se do teu rumo se tratasse. O meu nome é-me trazido pelo vento, só para que me consigas seduzir, mesmo antes de aqui estares. Trazes em ti, as memórias de nós os dois, como um antigo Postal vindo de Paris.
Trazes em ti o Mundo, só para que mo possas dar de bandeja.
E foi assim que eu aprendi que eras o amor da minha vida.

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