Procuro-te e perco-me

Perdi-te e agora perdi-me...
Paralelismos estranhos e metáforas que já deixaram de fazer sentido. Tudo se perde na vida, isso bem é verdade. Mas nada merece mesmo a pena ser perdido.
E agora procuro-te que nem uma completa louca.
Na esperança que isso me dê o alento de passar uma noite mais calma. Onde os pesadelos já não me ataquem e as melodias sejam suaves, para me adormecer na sua suave cadência.
Procuro-te...
Mas não é que isso me valha de muito. Acho que te escondes, que fazes de propósito para me deixar numa loucura dependente e cada vez mais decadente.
Procuro-te pelos rostos que passam por mim na multidão, mas é inútil porque te vejo em cada lado por onde passo, e nunca és tu realmente. Um dia serás, bem sei disso mas até lá é uma escuridão eterna onde apenas o teu rosto paira para me atormentar e a tua alma me abandonou.
Procuro-te e perco-me...
Talvez um dia tenha que parar.
Mas como é que se faz isso, no entanto?
Como é que desiste simplesmente daquela pessoa que foi a melhor coisa que nos aconteceu na vida?
Não é possivel.
No entanto é de alguma forma necessário.
Chorei-te por décadas. Anos e anos, que se transformaram em pequenas poeiras ao vento, e que desaparecerem na eternidade e da sumicidade de cada instante. O que me deixa em pânico, Uma sensação de pânico que me toma os ares e que acaba com o meu alento de viver.
Caminho em caminho, completamente em vão, e inteiramente em necessidade.
O vento já não me fere. A minha pele tornou-se espessa para quaisquer agressões.
A minha alma já não é bem assim...
O que termina com tudo o que é de bom em mim....
Já vou tentar não te procurar...
Mas no entanto vou continuar perdida para o resto da minha vida.

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